VÍDEO – Michelle provoca STF e lamenta “perseguição” a Bolsonaro: “Nenhum dia de paz”

Michelle Bolsonaro ironiza delação de Cid. Foto: reprodução

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) chamou o seu marido, Jair Bolsonaro (PL), de “ex e futuro presidente”, além de ironizar as menções ao seu nome na delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, durante o 1º Seminário de Comunicação do PL, realizado nesta sexta-feira (21) em Brasília.

“Obrigada também ao nosso ex e futuro presidente, Jair Messias Bolsonaro, e todo apoio que ele tem nos dado para que nosso trabalho siga firme e adiante. Homens e mulheres seguindo firmes, fortes e edificando a nossa nação, que Deus abençoe a cada um de vocês”, disse ela.

Em um discurso repleto de sarcasmo e menções a Deus, Michelle evitou responder diretamente se teme a prisão do marido: “Só o supremo poderoso que poderá dizer”, afirmou, em referência a Deus, mas com um trocadilho ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Michelle não mencionou diretamente a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusa Bolsonaro de liderar uma trama golpista em 2022, mas fez críticas ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e reclamou das “perseguições” sofridas pelo ex-presidente. “Nunca mais tivemos um dia em paz. Mas louvado seja Deus, porque nessa luta, nesses dias tão difíceis, o senhor tem nos forjado e nós estaremos de pé”, afirmou.

Como resultado da tentativa frustrada de golpe, ela “quase pirou”, de acordo com o depoimento. “Ela falava que a gente tinha que fazer alguma coisa”, disse Cid.

“Isso aí são momentos de perturbação mental”, disse, gesticulando com o dedo na cabeça, ao ser questionada sobre o depoimento do ex-ajudante de Ordens da Presidência. Segundo Cid, Michelle e outras figuras da ala radical do governo atuavam “de forma ostensiva” para convencer Bolsonaro sobre a viabilidade do golpe.

Michelle aproveitou o evento, que reuniu parlamentares, prefeitos, filiados e influenciadores do PL, para reforçar o apoio ao marido e criticar o atual governo.

Ela destacou o aumento dos preços dos alimentos e afirmou que Bolsonaro não tem um “projeto de poder”, mas sim “paixão pelo Brasil”.

Contrastando com a fala sobre Cid, a ex-primeira-dama também leu um cartaz de uma pessoa na plateia que pedia atenção à comunidade autista e a volta de Bolsonaro ao poder. “Vai voltar, se Deus quiser”, afirmou, sendo aplaudida pelo auditório. Michelle, que nunca ocupou cargo público, é cotada para concorrer ao Senado em 2026 pelo PL.

A denúncia da PGR, apresentada na terça-feira (18), acusa Bolsonaro e outros 33 aliados de crimes como liderança de organização criminosa armada, tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. As penas somadas podem chegar a quase 50 anos de prisão. O ex-presidente, no entanto, desdenhou das acusações em uma live recente, afirmando: “Caguei para a prisão”.

Michelle integra o chamado núcleo mais radical da suposta trama golpista, apontado por investigadores como o grupo que defendia medidas drásticas para manter Bolsonaro no poder. O filho do casal, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), também faz parte desse núcleo.

No final de janeiro, Michelle ironizou a divulgação da primeira parte da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e as acusações de que ela compunha a ala mais radical do grupo suspeito de tramar um golpe. “Todos sabem o motivo para requentarem isso agora. Esse governo e o sistema vivem de cortina de fumaça para esconder a sua traição contra o povo”, disse em nota.

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