VÍDEO: Manifestações em todo o Brasil pedem fim do feminicídio e mais proteção às mulheres

Manifestação contra a violência às mulheres reuniu participantes na Avenida Paulista. Foto: Divulgação

Neste domingo (7), protestos ocorreram em diversas cidades brasileiras em apoio à campanha contra o aumento de feminicídios e outras formas de violência contra mulheres. A mobilização foi organizada pelo movimento Levante Mulheres Vivas e reuniu pessoas de pelo menos 20 estados, além do Distrito Federal.

O movimento visa denunciar a violência estrutural que atinge as mulheres e cobrar medidas efetivas de enfrentamento a esse grave problema. Em São Paulo, o protesto na Avenida Paulista atraiu 9.200 participantes, de acordo com dados do Monitor do Debate Político do Cebrap e USP.

O grupo exibiu faixas e cartazes com frases como “Mulheres Vivas” e marchou pela cidade, destacando dois casos de feminicídio ocorridos no mesmo dia: o assassinato da farmacêutica Daniele Guedes Antunes, em Santo André, e a morte de Milena de Silva Lima, em Diadema, ambas vítimas de ex-companheiros.

“Todas merecem dignidade, todas merecem proteção. Tomamos a rua para dizer que nenhuma mulher será esquecida”, afirmou a deputada federal Erika Hilton, uma das vozes do protesto.

No Rio de Janeiro, a manifestação em Copacabana, na Zona Sul, reuniu centenas de pessoas em protesto contra o aumento da violência no estado, que registrou 79 feminicídios até novembro de 2025, segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP).

O caso de Aline Nascimento, esfaqueada pelo ex-companheiro em Irajá, também foi lembrado no ato. Aline, que já possuía medida protetiva contra o agressor, sobreviveu ao ataque. O protesto no Rio também exigiu mais proteção para as mulheres e uma resposta eficaz das autoridades.

Protesto contra feminicídio reúne manifestantes em Copacabana. Foto: Divulgação

Em Brasília, a manifestação ocorreu pela manhã na Torre de TV, onde dezenas de mulheres se reuniram para exigir justiça e denunciar o alto número de feminicídios no Distrito Federal, que já registrou 26 casos em 2025. O protesto ganhou força após o assassinato da cabo do Exército Maria de Lourdes Freire Matos, morta por um soldado dentro de um quartel.

Durante o ato, as organizadoras ressaltaram a importância das medidas protetivas e dos canais de denúncia para mulheres em situação de risco. Em Santa Catarina, a caminhada em Florianópolis homenageou Catarina Kasten, uma professora de 31 anos brutalmente assassinada em novembro.

Os manifestantes percorreram a cidade com faixas e cartazes pedindo o fim da violência contra a mulher, enquanto em Belo Horizonte, o protesto na Praça Raul Soares também exigiu justiça e políticas públicas de enfrentamento ao feminicídio.

A mobilização nacional “Mulheres Vivas” tem ganhado força com o objetivo de sensibilizar a sociedade e pressionar as autoridades a tomarem medidas efetivas para combater a violência de gênero.

Além das manifestações em várias cidades, o movimento também ressaltou a importância das medidas protetivas, que podem ser solicitadas pelas mulheres que se sentem ameaçadas, mesmo sem um crime consumado.

As mulheres podem buscar proteção na Polícia Civil, em delegacias e por meio de canais como o número 197. O descumprimento das medidas protetivas é considerado crime e deve ser denunciado imediatamente.

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