VÍDEO – Kakay critica “jogo de poder” e pede anulação do júri que condenou Adriana Villela

O advogado criminalista Kakay e sua cliente, Adriana Villela. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, pediu a anulação do júri que condenou, em 2019, Adriana Villela a 67 anos de prisão pela morte dos pais e da empregada do casal. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) julga nesta terça (11) o caso, que ficou conhecido como “crime da 113 Sul” e ocorreu em 2009.

Em entrevista ao Metrópoles, Kakay, que defende Adriana, diz que houve um “jogo de poder” e “atos políticos” na condução das investigações sobre o caso. Ele avalia que a delegada Mabel de Faria, que era chefe de uma divisão da Coordenação de Crimes Contra a Vida (Corvida) na época do crime, “se desesperou”.

A Corvida auxiliou nas diligências do triplo homicídio e Mabel diz que não há dúvidas de que Adriana mandou matar os pais e a empregada. Ela assumiu protagonismo na apuração após o afastamento da delegada Débora Menezes, que comandava a 8ª Delegacia de Polícia (SIA) e afirmou ter identificado que um ex-porteiro estaria envolvido no crime.

“Eu acho que os atos políticos foram feitos no momento da instrução do processo. Aquele momento é inacreditável. A Mabel se desesperou porque a primeira delegada foi processada e presa e quem descobriu os autores do crime foi ela, quem descobriu foi a 8ª DP através de Débora. Isso desestabilizou a polícia de Brasília, começou a ter um jogo de poder realmente”, afirma Kakay.

O criminalista critica os métodos de investigadores durante a apuração do caso e afirma que o afastamento de Déborah gerou um “jogo de força” entre os policiais envolvidos. “Os absurdos são tantos e tão comprovados que a gente confia que amanhã o júri será anulado”, prossegue.

O advogado ainda afirma que possui um “álibi irrefutável” para sua cliente e que “o julgamento se dá de uma forma contrária às provas dos autos”. Veja a entrevista:

Adriana foi apontada como mandante da morte do ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, seu pai, Maria Carvalho Mendes Villela, sua mãe, e Francisca Nascimento da Silva, funcionária do casal.

O júri popular condenou Adriana a 67 anos de prisão, mas a pena foi reduzida para 61 anos em 2023. Ela responde ao processo em liberdade e o julgamento do STJ servirá para tentar impedir sua prisão. Kakay, que compõe a defesa junto de Marcelo Turbay, alega que não teve acesso a depoimentos.

O caso é analisado pela Sexta Turma do STJ e o relator é o ministro Rogerio Schietti Cruz.

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