Jornalista Bruno Silva sendo agredido por neofascista. Foto: reprodução

O jornalista Bruno Silva, do jornal La Stampa, um dos principais diários da Itália, foi agredido por membros do grupo neofascista CasaPound na noite do último sábado (20), do lado de fora de um bar em Turim, no norte do país.

Bruno estava filmando uma festa que ocorria no bar Asso di Bastoni, conhecido por ser frequentado por militantes de extrema-direita, quando foi abordado.

De acordo com os relatos, Bruno foi cercado por militantes do CasaPound, que pediram seu nome e exigiram que ele entregasse o celular. Quando se recusou, os agressores o derrubaram no chão e o agrediram com chutes. Um dos membros aplicou um mata-leão em Bruno, que conseguiu se soltar e fugir, deixando o local com a roupa rasgada.

O ataque foi amplamente condenado pela classe política italiana, de todos os espectros ideológicos. A primeira-ministra Giorgia Meloni expressou solidariedade à jornalista e condenou o ato de violência.

“Condeno com firmeza esse ato de violência e espero que os responsáveis sejam identificados o quanto antes. A atenção do governo é máxima, e pedi ao ministro do Interior [Matteo Piantedosi] que me mantenha atualizada sobre o caso”, disse.

O ex-primeiro-ministro Giuseppe Conte, líder do Movimento 5 Estrelas (M5S), destacou o risco de “derivas antidemocráticas” na Itália. “A agressão sofrida por Bruno Silva demonstra mais uma vez a necessidade de fortificar os anticorpos democráticos para combater o ódio, a intolerância e a violência neofascista”, salientou.

Já Elly Schlein, líder do Partido Democrático (PD), criticou o “clima de impunidade diante de episódios tão graves” e pediu a dissolução do CasaPound, que possui um histórico de agressões, especialmente contra militantes de esquerda.

“O que mais precisamos esperar para que organizações neofascistas sejam dissolvidas, como manda a Constituição? Queremos que Meloni intervenha imediatamente”, declarou.

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Última Atualização: 22/07/2024