O jornalista português Sérgio Tavares, de extrema-direita, tentou confrontar o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre uma suposta intimação do Congresso Nacional dos Estados Unidos a Alexandre de Moraes e levou uma invertida.
Durante evento em Portugal, o jornalista perguntou qual seria sua avaliação sobre o fato ao magistrado, mas o ministro disse desconhecer qualquer ordem do tipo e ainda afirmou que o Legislativo americano não tem nenhum direito de fazer isso.
A intimação a Moraes não existe: o Comitê de Assuntos Judiciários da Câmara de Deputados dos Estados Unidos do Congresso Americano exigiu do X que fornecesse informações sobre ordens do ministro para remoção de conteúdos.
A notícia foi compartilhada por bolsonaristas como se o próprio ministro tivesse sido obrigado a dar explicações sobre as decisões contra a plataforma.
Gilmar Mendes macetou o jornalista extremista em Portugal.
Disse que desconhece qualquer intimação do congresso americano, é que o congresso não tem nenhum "poder" na soberania brasileira. pic.twitter.com/tlKgPLnzNO
— lore alvess (@alor3n4) June 26, 2024
Tavares ainda questionou como o ministro avalia a detenção dele no Aeroporto de Guarulhos (SP), que teria ocorrido por questões políticas. Gilmar disse que não ter conhecimento suficiente sobre o episódio e que viu notícias de que havia irregularidades na documentação do estrangeiro.
Ele insistiu na pergunta e afirmou que ele era o jornalista detido na ocasião. Gilmar respondeu apenas: Lamento que tenha ocorrido.
O jornalista viajou ao Brasil em abril deste ano para participar do ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro na Avenida Paulista e foi retido por algumas horas no aeroporto. Segundo a Polícia Federal, ele seria obrigado a apresentar um visto de trabalho na ocasião, mas não estava com o documento.
Tavares também foi citado nas investigações sobre o ataque terrorista de 8 de janeiro de 2023 e compartilhou vídeos com fake news nas redes sociais, dizendo que o Brasil vive uma "Ditadura do Judiciário".
A PF publicou uma nota à época dizendo que apenas realizou um procedimento padrão para avaliar a situação do indivíduo e o interrogou sobre comentários que fez sobre a democracia no Brasil.
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