O Irã lançou mísseis contra bases militares dos Estados Unidos localizadas no Iraque e no Catar nesta segunda (23), intensificando sua ofensiva no Oriente Médio. O país anunciou que a ação faz parte da “Operação Anunciação da Vitória”, uma resposta à presença militar americana na região, e não foram divulgados números de vítimas ou a confirmação de danos às estruturas.
O ataque atingiu a base aérea de Al-Udeid, no Catar, um dos maiores centros de operações militares dos EUA na região. De acordo com informações da agência de notícias Reuters, seis mísseis foram disparados contra as bases americanas no total.
Em resposta ao ataque, o sistema de defesa aérea foi ativado na base de Ain al-Asad, no Iraque, uma das mais importantes bases dos EUA no país. O governo americano emitiu instruções para que os soldados se abrigassem nos bunkers, enquanto explosões puderam ser ouvidas nas áreas atacadas. A Al Jazeera também reportou a ocorrência das explosões, que aumentaram ainda mais as tensões entre os países.
Também foram ouvidas explosões em Doha, capital do Catar, segundo testemunhas ouvidas pela Reuters. O espaço aéreo do país e dos Emirados Árabes Unidos se encontram fechados no momento.
Mais cedo, membros do governo americano tratavam um possível ataque do Irã contra suas bases como algo “iminente”.
A Casa Branca, em comunicado oficial, afirmou que estava monitorando de perto a situação e as potenciais ameaças às bases no Catar. Um alto funcionário da gestão de Donald Trump, presidente do país, afirmou que o Departamento de Defesa está acompanhando os desdobramentos da situação e trabalhando em colaboração com as autoridades locais para garantir a segurança das instalações e das tropas.
Ver essa foto no Instagram
O conflito começou há dez dias, quando Israel lançou um ataque surpresa contra o país no último dia 13 de junho, mirando instalações nucleares locais. O Irã afirma que as estruturas são usadas para fins pacíficos e que está negociando o cumprimento dos termos do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares com os EUA.
A AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) tem acusado o Irã de não cumprir todas as obrigações do tratado, embora não tenha encontrado provas concretas de que o país esteja desenvolvendo armas nucleares. O país, por sua vez, diz que a agência age de maneira politicamente motivada e apoia Israel na guerra.
Em março deste ano, o setor de Inteligência dos EUA afirmou que não havia indícios de que o Irã estivesse atualmente trabalhando na construção de armas nucleares.
