
Em entrevista à Folha de S. Paulo, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que, apesar de compartilhar os mesmos princípios de seu pai, Jair Bolsonaro, ele se vê como “mais moderado” e “centrado” e “moderado”. O parlamentar destacou que, embora tenha sido influenciado pelos valores do ex-presidente, ele possui opiniões próprias e, muitas vezes, pensamentos divergentes em relação a ele.
“Tenho os mesmos princípios, tenho o sangue Bolsonaro, mas nenhum ser humano é igual ao outro. Eu tenho uma divergência ou outra. Em vários momentos, ele tinha um entendimento, eu tinha outro, mas, por questão de hierarquia, a vontade dele sempre prevalecia”, afirmou.
Na sequência, ele citou o negacionismo do pai contra a vacinação durante a pandemia de Covid-19. “Ele não quis tomar vacina. Eu tomei duas doses”, prosseguiu.
IMPORTANTE: Em entrevista à Folha, Flávio Bolsonaro diz que não concorda com o pai, Jair Bolsonaro, em diversos assuntos, um deles a vacina.
“Eu tomei duas doses.”
Com isso, Flávio deixa claro que, se eleito presidente, obedecerá às recomendações da OMS em caso de nova… pic.twitter.com/cZig3MP93w
— Paladin 🎖 (@PaladinRood) December 9, 2025
Flávio também afirmou que sua candidatura à presidência é “irreversível” e que não está à venda, apesar da resistência do Centrão. Segundo ele, o sobrenome o coloca “em um piso bastante alto” na corrida presidencial e numa posição vantajosa frente aos partidos que, caso não endossem sua candidatura, terão que considerar o impacto disso em suas campanhas para governos estaduais e Senado.
O senador mencionou o caso do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que foi cotado para a presidência, mas está bem posicionado para reeleição em 2026. Flávio afirmou que Tarcísio “sempre foi transparente e leal”, e que ambos têm interesses alinhados.
“Eu vou subir no palanque dele para governador de São Paulo, ele vai me ajudar na candidatura à Presidência”, afirmou Flávio, indicando que, juntos, esperam uma vitória com “10% de vantagem sobre o PT” no estado.
O parlamentar ainda disse que mantém contato com Paulo Guedes e o considera “um gênio”, dizendo que o economista será um conselheiro importante em sua gestão.