Na última quinta-feira (28), imagens de uma câmera corporal revelaram que o sargento da Polícia Militar Thiago Guerra assassinou a adolescente Victoria Manuelly, de 16 anos, em Guaianases, São Paulo, ao disparar sua arma após dar uma coronhada em seu irmão Kauê Alexandre dos Santos Lima. A gravação, anexada ao processo pelo Tribunal de Justiça, desmente a versão do policial, que alegou no boletim de ocorrência um disparo acidental causado por Kauê. A mãe da vítima, Vanessa Priscila dos Santos, declarou:
“Fiquei sabendo que ele está preso. Ele precisa pagar pelo que ele fez, porque não é justo a minha filha pagar por uma coisa que não fez. Pagar com a vida ainda. Mesmo que tivesse feito, ele não tinha o direito de tirar a vida de ninguém. Que ele fique muito e muitos anos preso. A gente não tem mais nada. Só resta saudades e lembranças boas, e ruins também. Porque vi a minha filha sangrar até a morte.”
Ela relatou a omissão dos policiais:
“Foi muito feio, foi a pior coisa da minha vida, jorrou sangue, e eles não levaram, não a socorreram. Pedi pelo amor de Deus. Ajoelhei ao pé do policial pra ele socorrer minha filha. Eles não socorreram. Eles estavam preocupados em colocar meu filho dentro da viatura.”
O crime ocorreu em janeiro, quando a PM abordava suspeitos de roubo. Kauê, Victoria e familiares estavam em uma praça após o expediente do jovem.
A discussão começou quando Guerra puxou Kauê pela camiseta, conforme as imagens. O delegado Victor Sáfadi Maricato indiciou o sargento por homicídio com dolo eventual, afirmando que coronhadas contrariam doutrinas policiais.
Guerra está preso no Presídio Militar Romão Gomes, e o advogado João Carlos Campanini mantém a versão do boletim. Dados do Instituto Sou da Paz mostram que a PM de São Paulo matou 512 pessoas em 2024, com 70% das vítimas sendo negras. A letalidade policial cresceu 10% desde 2020, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, com impunidade em 85% dos casos.
Mais atuante no massacre da população brasileira, a PM demonstra ser uma organização criminosa, dedicada a massacrar o povo brasileiro com a máxima violência, especialmente dirigida contra jovens negros. A extinção da polícia e a criação de forças de segurança baseadas na mobilização comunitária dos trabalhadores, com membros eleitos regularmente, são essenciais para acabar com esses assassinatos.