VÍDEO: Cid descarta apoio ao irmão Ciro Gomes e declara voto em candidato petista

Cid Gomes durante talk show. Foto: Reprodução

O senador Cid Gomes (PSB-CE) afirmou, em entrevista a um talk show em Sobral, no Ceará, nesta quinta-feira (5), que votará no governador Elmano de Freitas (PT) em 2026, afastando a possibilidade de apoiar o irmão Ciro Gomes (PDT), caso ele seja candidato ao Palácio da Abolição. Cid declarou que mantém compromisso político com o atual governador e que pretende cumprir o acordo firmado para a reeleição. “Esse é o meu jeito, e eu assumo as minhas posições”, afirmou.

Questionado sobre a união do irmão Ciro com bolsonaristas, Cid disse que “não há assunto mais constrangedor” e evitou estender comentários sobre a relação familiar. Segundo o senador, Ciro não teria chance de mudar o cenário eleitoral no estado se decidir entrar na disputa.

“A gente tem um grupo, que decidiu se reaproximar com o governo. Se eu me aproximo, faço um, dois, três pedidos, eu estou lá… Aí, de última hora, vou mudar de opção? Não pode dar cavalo de pau. Pelo menos eu não tenho cara para isso”, disse o senador.

O senador retomou episódios que, segundo ele, marcaram o início das desavenças com Ciro em 2022. Naquele ano, o PDT tentou impedir que o partido lançasse candidatura própria e apoiou Roberto Cláudio, nome defendido por Ciro. A decisão levou o PT a romper a aliança no Ceará e a lançar Elmano de Freitas, que acabou vencendo no primeiro turno. Cid afirmou que a divisão interna ocorreu mesmo após tentativas de manter unidade política.

Na entrevista, Cid mencionou que a ruptura também envolveu divergências com lideranças do PDT, incluindo críticas à postura de Roberto Cláudio durante a campanha de 2022. O senador relatou que havia expectativa de que o grupo reconhecesse que “tinha feito uma besteira”, mas a situação evoluiu para novos conflitos. Ele citou que aliados do irmão chegaram a chamá-lo de “traidor”, o que agravou o clima interno do partido.

Cid comentou ainda que a relação com Ciro mudou após esses episódios e que a convivência política se tornou difícil. O senador afirmou que vinha sendo alvo de críticas por não acompanhar decisões tomadas pelo grupo ligado ao irmão. Segundo Cid, o distanciamento se consolidou após as acusações feitas por integrantes do PDT, que resultaram em sua saída da legenda naquele período.

Ao final da participação, o senador reafirmou que não será candidato a prefeito de Sobral e reiterou apoio integral ao governador Elmano de Freitas. Cid destacou que manterá sua atuação no Senado e que seguirá cumprindo compromissos assumidos no estado, reforçando que sua posição para 2026 está definida.

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