VÍDEO – Carluxo expõe Bolsonaro soluçando para exigir mais benefícios ao pai

Bolsonaro soluçando em vídeo divulgado por Carluxo. Foto: reprodução

Apelando em busca de benefícios para seu pai, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) divulgou, nesta sexta-feira (12), um vídeo em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece dormindo e soluçando, em uma tentativa de reforçar o argumento de que o pai necessita de cuidados médicos contínuos.

A publicação ocorre em meio à ofensiva da defesa para obter autorização judicial para a realização de uma cirurgia considerada urgente e à discussão sobre as condições de saúde do ex-presidente após sua prisão.

Na gravação, Bolsonaro aparece deitado em um sofá, com sinais de dificuldade respiratória durante o sono. Ao divulgar o vídeo, Carluxo afirmou que o pai precisa de “cuidados especiais 24 horas por dia” e alertou para o risco de morte caso haja uma broncoaspiração decorrente de refluxo. Segundo ele, o quadro estaria associado à pressão psicológica enfrentada pelo ex-presidente nos últimos tempos.

Em um longo texto publicado nas redes sociais, o segundo filho do ex-presidente explicou por que decidiu tornar público o vídeo.

“Eu não pretendia tornar público um vídeo que expõe meu pai em mais uma situação terrível como os reflexos da facada que levou de antigo integrante do PSOL – o fato exposto registrado antes da sua prisão arbitrária se faz necessário e me dilacera de forma que não sei explicar – porque é doloroso demais encarar aquilo que meus próprios olhos veem diariamente, quando estou com ele. Mas a realidade é impossível de ignorar”, escreveu.

A divulgação ocorre enquanto a defesa de Bolsonaro tenta convencer o Supremo Tribunal Federal (STF) a autorizar uma cirurgia de urgência para tratar uma hérnia inguinal. O pedido foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, responsável por decisões relacionadas ao cumprimento da pena do ex-presidente.

Em manifestações anteriores, Carlos Bolsonaro também mencionou problemas cardiovasculares atribuídos ao pai, reforçando a tese de que o estado de saúde dele exige acompanhamento permanente.

Moraes, no entanto, reagiu com cautela às alegações da defesa. O ministro questionou as datas dos exames apresentados e apontou a ausência de algumas das condições descritas no laudo médico nos exames realizados antes da prisão.

Diante disso, determinou que a Polícia Federal realize uma perícia médica independente, que deverá avaliar o estado de saúde de Bolsonaro. A decisão sobre a manutenção da prisão na Superintendência da PF, em Brasília, dependerá do resultado dessa avaliação.

Jair Bolsonaro está preso desde 22 de novembro, após violar as regras de uso da tornozeleira eletrônica, que teria sido danificada com um ferro de solda. Durante o período de custódia, o Supremo decretou o trânsito em julgado da ação penal nº 2.668, referente ao núcleo 1 dos processos, e a pena total passou a ser de 27 anos e três meses de prisão.

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