Bolsonaro no STF para acompanhar julgamento de denúncia da PGR por trama golpista
Foto: Reprodução/TV Justiça

Em uma movimentação inesperada, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) compareceu pessoalmente ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (25) para acompanhar o julgamento que pode torná-lo réu por tentativa de golpe de Estado. Acompanhado por uma bancada de deputados do PL, incluindo o líder da oposição Luciano Zucco (PL-RS) e Evair de Mello (PL-ES), Bolsonaro chegou ao plenário minutos antes do início da sessão e revelou ter enfrentado resistência da segurança: “Quase tomei um esculacho”, comentou.

Bolsonaro ficará na primeira fileira do plenário em um gesto que pode ser interpretado como uma tentativa de confrontar e intimidar os ministros do STF. No entanto, sua defesa alega que a postura é uma manifestação de descontentamento e indignação quanto ao processo. “Ele veio para que saibam que ele irá enfrentar essa injustiça de maneira corajosa e honrada”, disse Paulo Amador Cunha Bueno.

Os parlamentares bolsonaristas anunciaram que, durante todo o período do julgamento, atrapalharão todas as comissões da Casa, com exceção da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN). “Iremos obstruir todas as Comissões […] Em relação ao plenário, pedimos que também não registrem presença”, determinou Evair de Mello em mensagem aos colegas de partido.

O julgamento analisa denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro e sete aliados, incluindo ex-ministros e militares, por crimes como organização criminosa armada, golpe de Estado e tentativa de abolição do estado democrático de direito. As acusações referem-se a ações para manter Bolsonaro no poder após sua derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.

Antes de entrar no plenário, Bolsonaro reafirmou sua estratégia de defesa: “Minha defesa vai contestar o foro. Estou tranquilo, nada dessa denúncia se sustenta”. O ex-presidente insiste que seu caso deveria ser julgado em primeira instância e não no STF.

A Corte preparou um esquema de segurança sem precedentes para o julgamento, incluindo:
– Varreduras antibombas realizadas na véspera;
– Policiamento reforçado em conjunto com a Secretaria de Segurança do DF;
– Controle rigoroso de acesso ao plenário;
– Medidas especiais contra possíveis ciberataques;
– Transmissão excepcional pela TV Justiça.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, que normalmente delega sustentação oral a subordinados em processos nas turmas, fará pessoalmente a apresentação do caso em mais um indicativo da importância atribuída ao julgamento.

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Last Update: 25/03/2025