Montagem de duas fotos de lesões no corpo de Thiago Ávila, ativista da Flotilha da Liberdade
Lesões reveladas por Thiago Ávila, ativista da Flotilha da Liberdade – Reprodução

O brasileiro Thiago Ávila, integrante da Flotilha da Liberdade, denunciou as condições desumanas que enfrentou após ser preso ilegalmente por forças de Israel. A missão humanitária tinha como objetivo furar o bloqueio imposto à Faixa de Gaza e levar ajuda humanitária à população palestina.

Apesar de já estar em liberdade, o ativista, que chegou ao Brasil nesta sexta-feira (13), relatou que ainda carrega as marcas físicas e psicológicas da prisão. Segundo ele, as celas eram insalubres, infestadas de percevejos, sem água potável e sem condições sanitárias mínimas.

“É um sofrimento que não se vê na superfície”, lamentou, dizendo que eles foram colocados em “masmorras medievais”. Ávila criticando duramente o tratamento recebido sob custódia do Estado de Israel e mostrando as lesões em seu corpo.

Enquanto parte da tripulação já conseguiu retornar aos seus países, três ativistas da missão permanecem detidos em Israel, em meio ao aumento das tensões na região, especialmente após a escalada militar com o Irã. As detenções são vistas como ilegais e contrárias ao direito internacional, segundo entidades de direitos humanos, que afirmam que a prisão viola os princípios básicos de humanidade.

O que é a Flotilha da Liberdade?

A Flotilha da Liberdade é uma iniciativa internacional que busca, de forma pacífica, romper o bloqueio a Gaza, vigente há mais de 17 anos. O movimento denuncia que o cerco representa uma forma de punição coletiva contra o povo palestino, dificultando o acesso a alimentos, remédios e outros itens essenciais.

Diversas organizações internacionais de direitos humanos e movimentos de solidariedade condenam a prisão dos ativistas. Eles afirmam que a ação faz parte de uma estratégia sistemática de Israel para criminalizar ações de solidariedade internacional e resistência civil.

As entidades exigem a libertação imediata dos detidos, garantia dos direitos humanos e um corredor seguro para o retorno dos ativistas aos seus países.

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Last Update: 13/06/2025