O presidente Lula no desfile de 7 de Setembro em Brasília – Foto: Reprodução

Durante o desfile de 7 de Setembro em Brasília, alguns espectadores gritaram frases como “sem anistia” e “anistia não se negocia”, em referência ao julgamento de Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal.

O evento, realizado na Esplanada dos Ministérios, contou com a presença do presidente Lula (PT), ministros de Estado e autoridades, enquanto o público lotava as arquibancadas.

Paralelamente, em São Paulo, movimentos sociais organizaram o tradicional “Grito dos Excluídos”, que neste ano ganhou forte caráter político.

Na Praça da República, manifestantes ergueram bonecos infláveis de Jair Bolsonaro como presidiário e de Donald Trump vestido de “Tio Sam”, além de faixas contra a anistia. A concentração reuniu militantes de centrais sindicais e movimentos como MST e MTST.

Embora predominassem bandeiras e roupas vermelhas, símbolo da esquerda, também havia camisas da seleção e bandeiras do Brasil, em uma tentativa de ressignificar os símbolos nacionais, historicamente associados aos atos bolsonaristas.

Cartazes exibiam frases como “Brasil soberano” e “o Brasil é dos brasileiros”, em crítica ao tarifaço imposto por Trump contra produtos brasileiros.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi alvo constante de críticas durante o ato. Parlamentares e líderes sindicais acusaram o governador de ser um dos principais articuladores da anistia no Congresso e lembraram que ele prometeu conceder indulto a Bolsonaro caso chegue à Presidência.

Nos discursos, o coro de “sem anistia” foi um dos mais ouvidos, acompanhado de pedidos pela prisão de Jair Bolsonaro. A vereadora Silvia Ferraro (PSOL-SP) afirmou: “Este é o verdadeiro grito de independência”, arrancando aplausos do público. Também houve críticas a Donald Trump e falas em defesa da Palestina e da Venezuela.

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Last Update: 07/09/2025