Ainda estão frescas na memória do brasileiro as cenas de um presidente sendo solenemente ignorado nos encontros com os chefes de grandes nações ou passeando sem agenda oficial apenas “para comer pizza em Nova York”. Ou pior ainda: aproveitando viagens para negócios estranhos, com joias caras servindo de adereço.
Mas isso, definitivamente, mudou. O Brasil voltou, não somente pelo respeito que seus representantes recebem no exterior, mas pelo que isso significa em investimentos estrangeiros e negócios para empresas brasileiras mundo afora.
As viagens do presidente Lula em 2025 resultaram em anúncios de mais de 160 bilhões de reais em investimentos estrangeiros no Brasil, dinheiro que virá do Japão, China e França. E não é só isso: as viagens abrem marcados fundamentais para a exportação de produtos brasileiros. O resultado são investimentos em áreas fundamentais, como infraestrutura, energia renovável, logística, alimentação, medicamentos e mais empregos no Brasil.
“Tais aportes não apenas representam uma demonstração de confiança na estabilidade institucional e no potencial do nosso país, como também configuram oportunidades concretas para a geração de empregos, inovação e desenvolvimento social”, afirmou o senador Beto Faro (PT-PA).
Veja abaixo o que significou cada viagem do presidente Lula em 2025.
Japão (março) – além de acordos de cooperação em áreas como comércio, indústria, meio ambiente, educação, ciência, tecnologia e inovação, e tecnologias da informação e comunicação, a viagem resultou em anúncio de 44 bilhões de reais em investimentos no Brasil por empresas japonesas.
E mais: Foi assinado um memorando para a Iniciativa para Combustíveis Sustentáveis e Mobilidade, com um plano de ação para fomentar o uso global de combustíveis renováveis (biocombustíveis, biogás, hidrogênio verde) em equipamentos de mobilidade e alto desempenho.
Vietnã (março) – abertura do mercado vietnamita para a carne bovina brasileira. Está tudo pronto para que o Vietnã se torne uma plataforma de exportação para mais de 600 milhões de consumidores do Sudeste Asiático.
China (maio) – grupos e empresas chineses informaram que investirão nos próximos anos cerca de R$ 27 bilhões no Brasil, em setores como automotivo, logística, alimentos, sustentabilidade ambiental, infraestrutura e tecnologia da informação.
E mais: A ApexBrasil (agência de promoção das exportações) firmou acordos com as gigantes chinesa do varejo Luckin Coffee e Hotmaxx para a venda de produtos brasileiros no varejo chinês.
França (junho) – Empresários franceses se comprometeram a investir 100 bilhões no Brasil de reais nos próximos cinco anos. Serão alvo dos investimentos franceses, áreas como alimentos, energia, infraestrutura e transporte marítimo.