Gilson Machado, ex-ministro do Turismo de Bolsonaro. Foto: reprodução

O ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL) entrou com uma ação judicial contra a vereadora recifense Kari Santos (PT) após ela se referir a ele como “prisioneiro do diabo” em um vídeo publicado em suas redes sociais na última sexta-feira (13). A publicação foi feita no mesmo dia em que Machado foi preso pela Polícia Federal, no Recife, sob suspeita de auxiliar na emissão de um passaporte português para o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O ex-ministro bolsonarista foi liberado horas depois por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

No vídeo, Kari Santos ironizou a prisão de Machado: “O sanfoneiro do diabo acabou de ser preso, em plena ‘sexta-feira 13’. Sanfoneiro do diabo não, é prisioneiro do diabo. Agora vai lá, Gilson Machado, me processa de novo”, disse a vereadora.

“Tem gente dizendo por aí que tu não vai ter São João, mas já tem a sanfona, e o xadrez já garantiu”, acrescentou.

No processo, Machado alega que a vereadora promoveu “discurso de ódio e linchamento virtual” ao associá-lo à figura do diabo e usar “palavras de baixo calão”. O ex-ministro pede uma indenização de R$ 50 mil por danos morais e a retirada do vídeo do perfil de Kari Santos no Instagram, sob pena de multa diária de R$ 2 mil, limitada a R$ 30 mil.

Kari Santos (PT), vereadora de Recife. Foto: reprodução

A ação também argumenta que Kari Santos estaria desafiando a Justiça ao provocar Machado a processá-la novamente. Em 2024, a vereadora já havia sido condenada a pagar R$ 5 mil por chamar o ex-ministro de “sanfoneiro do diabo” durante sua campanha à prefeitura do Recife.

Segundo o Diário de Pernambuco, a assessoria de Kari Santos afirmou que “até o presente momento, a vereadora não foi notificada de qualquer ação de Gilson Machado contra ela”.

A prisão de Gilson Machado

Machado foi detido pela PF sob suspeita de tentar facilitar a emissão de um passaporte português para Mauro Cid, réu no inquérito que investiga supostas tentativas de golpe após as eleições de 2022.

O ex-ministro ficou detido no Centro de Observação e Triagem Criminológica Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima (PE), e foi liberado na mesma noite após decisão de Alexandre de Moraes.

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Last Update: 16/06/2025