O governo de Nicolás Maduro decidiu expulsar todo o corpo diplomático de sete países que contestaram o resultado da eleição presidencial que o reconduziu ao cargo com 51% dos votos.
Na prática, a medida representa uma ruptura institucional na relação com Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai.
O anúncio da expulsão foi publicado nas redes sociais do chanceler venezuelano Yván Gil Pinto, nesta segunda-feira. Ele afirmou que o país sul-americano “rejeita as ações e declarações de um grupo de governos de direita, subordinados a Washington e comprometidos abertamente com ideologias sórdidas do fascismo internacional”.
#Comunicado 📢 Venezuela expresa seu mais firme rechazo ante as injerencistas ações e declarações de um grupo de governos de direita, subordinados a Washington e comprometidos abertamente com os mais sórdidos postulados ideológicos do fascismo internacional, tratando… pic.twitter.com/l0dAaNSnEA
— Yvan Gil (@yvangil) Julho 29, 2024
Outras nações também criticaram o resultado no pleito, a exemplo dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Espanha, Itália, Equador, Colômbia e Portugal.
A diplomacia brasileira destacou o caráter “pacífico” da eleição, disse estar acompanhando com atenção o processo de apuração no país vizinho e cobrou a divulgação de informações mais detalhadas sobre as mesas de votação.
Maduro foi declarado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral na madrugada desta segunda-feira, com cerca de 51% dos votos. A oposição, contudo, alega fraude e reivindica a vitória de Edmundo González, que teve 44,2% na contagem do CNE.