
Os dados da balança comercial brasileira em agosto confirmam a queda nas vendas para os Estados Unidos, mas o volume comercializado apresentou crescimento por conta da demanda absorvida por outros países.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a China aumentou o volume de importações brasileiras e elevou o acumulado no ano para US$ 227,6 bilhões de janeiro a agosto deste ano.
Só em agosto, as compras que a China fez de produtos brasileiros cresceram 29,9%. Ao todo, as exportações para a China, Hong Kong e Macau no mês de agosto somaram US$ 9,60 bilhões, enquanto as importações diminuíram -5,8% e totalizaram US$ 5,54 bilhões.
Assim, a balança comercial com este parceiro comercial apresentou superávit de US$ 4,06 bilhões e a corrente de comércio aumentou 14,1% alcançando US$ 15,13 bilhões.
As vendas para a Argentina também ajudaram a balança brasileira a fechar o período em superávit: as exportações aumentaram 40,4% em agosto, totalizando US$ 1,64 bilhão. Com isso, as vendas para o país vizinho subiram 51,2% ao longo deste ano, chegando a US$ 26,58 bilhões.
Na outra ponta, as importações de itens argentinos diminuíram 11,7%, para US$ 1,03 bilhão. A queda vista ao longo do ano foi de 1,7%, totalizando US$ 8,30 bilhões.
As exportações bateram o recorde da série histórica no acumulado anual, ao totalizar US$ 227,6 bilhões, enquanto as importações alcançaram US$ 184,8 bilhões, fazendo com que a corrente de comércio também batesse recorde do período, com US$ 412,4 bilhões.
Na comparação ao mesmo período de 2024, a soma das exportações brasileiras para o mundo cresceu 0,5%. Já as exportações para os Estados Unidos, em agosto, pós-tarifaço de Donald Trump, caíram -18,5% e somaram US$ 2,76 bilhões.
Resultados mensais
A corrente de comércio apurada em agosto totalizou US$ 53,59 bilhões, levando a um saldo de US$ 6,13 bilhões. Comparando-se este período com o visto em 2024, houve crescimento de 1,2%.
No mês, as exportações somaram US$ 29,9 bilhões e as importações, US$ 23,8 bilhões, gerando saldo positivo de US$ 6,1 bilhões e corrente de comércio de US$ 53,6 bilhões.
Nos comparativos totais somente do mês de agosto/2025 (US$ 29,86 bilhões), nas exportações, comparados com agosto/2024 (US$ 28,74 bilhões), houve crescimento de 3,9%. Em relação às importações, houve queda de 2% na comparação entre agosto/2025 (US$ 23,73 bilhões) e agosto/2024 (US$ 24,22 bilhões).