As vendas do comércio varejista registraram alta de 0,5% em outubro, na passagem mensal, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Embora moderado, o desempenho confirma o movimento de recuperação gradual do consumo das famílias em um cenário ainda marcado por juros elevados e perda de fôlego da renda real.
Na comparação com outubro de 2024, o setor cresceu 1,1%. O resultado mantém o varejo no terreno positivo tanto no acumulado do ano (1,5%) quanto nos últimos 12 meses (1,7%), indicando estabilidade mesmo diante das pressões macroeconômicas que atravessam 2025.
Crescimento disseminado entre os segmentos
O avanço de outubro foi relativamente disseminado: sete dos oito setores pesquisados registraram aumento no volume de vendas. Entre eles, ganharam tração:
- equipamentos e material de escritório, informática e comunicação;
- combustíveis e lubrificantes, beneficiados pela normalização da demanda;
- móveis e eletrodomésticos;
- artigos farmacêuticos e de perfumaria;
- livros e papelaria;
- outros itens de uso pessoal;
- supermercados, que seguem como o principal amortecedor do desempenho geral.
A única queda ficou por conta do setor de tecidos, vestuário e calçados, cuja recuperação no ano tem oscilado conforme a renda disponível das famílias.
Setor cresceu 1,1% na comparação com 2024
Dados do IBGE destacam o aumento de 1,1% no volume de vendas do comércio na comparação com o mesmo mês do ano passado.
O setor registrou crescimento em seis das oito atividades pesquisadas: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (8,1%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (5,7%), Móveis e eletrodomésticos (3,5%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,0%), Livros, jornais, revistas e papelaria (0,9%) e Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,3%).
A única variação negativa nesta comparação foi no setor de Tecidos, Vestuário e Calçados (-3,3%), enquanto o setor de Combustíveis e lubrificantes mostrou estabilidade nesta comparação (0,0%).
No comércio varejista ampliado, Veículos, motos, partes e peças caiu 4,3% em relação a janeiro de 2024, Material de Construção teve queda de 3,9%. As vendas do setor de Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceram 1,9%.