“Vem, vamos embora”

por Edivaldo Dias de Oliveira

O governo brasileiro tem sido o mais incisivo entre os grandes países, a nomear o que ocorre em terras palestinas e seu povo, perpetradas pelos judeus sionistas que governam o estado de Israel.

E o que ocorre lá só pode ser nomeado de um jeito: GENOCÍDIO.

Também é perfeitamente possível e justo acrescentar HOLOCAUSTO (4. [História] Homicídio metódico de grande número de pessoas, especialmente judeus e outras minorias étnicas, executado pelo regime nazista durante a Segunda Guerra Mundial.)(Geralmente com inicial maiúscula.“holocausto”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2025, https://dicionario.priberam.org/holocausto.)

HOLODOMOR (O que é Holodomor? Esse termo refere-se ao genocídio de milhões de ucranianos, que foram vitimados pela fome, como resultado da política econômica de Stalin entre 1931 e 1933. https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/historia/o-que-e-holodomor.htm).

Apesar do protesto do governo genocida, que considerou o presidente Lula  persona não grata por lá, entre outras medidas e suas entidades sionistas, que movem vários processos contra quem ousa denunciar o massacre cotidiano, transmitido ao vivo e a cores para todo o mundo, sob o olhar silente e acovardado de muitos governantes, árabes inclusive, quando não da sua aprovação pública a tamanha crueldade. Nosso governo e seu presidente não arreda o pé, mantem a crítica e dobra a aposta na definição exata do que ocorre na Palestina.

No entanto, para além da retórica, poucos passos efetivos têm sido dados pelo nosso governo, apesar dos repetidos apelos de várias lideranças nesse sentido, isso traz para todos um sentimento de impotência que o inimigo sabe muito bem manipular e tripudiar.

VAMOS EMBORA, VAMOS LUTAR COM O QUE TEMOS E TEMOS MUITO.

Precisamos ir além do apelo desesperado de repúdio e condenação. São palavras fortes e bonitas numas folhas de papel, mas é só isso, nada mais. Outrora documentos assim tinham muita importância e faziam muita diferencia, enchendo de vergonha o destinatário de tais repreensões, levando os muitas vezes a mudar o rumo dos acontecimentos. Hoje dia estão C&A para esse tipo de manifestação.

Então é preciso pensar e agir para pôr fim a essa tragédia.

Quando a FUP clama pelo fim da exportação de petróleo bruto e refinado para o inimigo.

Quando em outro artigo se informa que escavadeiras são mandadas para lá.

Isso pode ser um gatilho e uma informação preciosíssima.

Se falo de petróleo, estou falando de petroleiro e petroleiras. Em que porto e terminal são embarcados esse produto para o inimigo? Quem toma parte no embarque se não a categoria dos petroleiros, estivadores e portuários.

Então é para lá que os apelos e manifestações devem ser dirigidas pelos dirigentes dessas entidades sindicais:

PAREM O CARREGAMENTO!

Se falo de escavadeiras, estou falando de metalúrgicos e metalúrgicas. Onde são produzidos tais equipamentos, em que portos são embarcados?

PAREM A PRODUÇÃO, O EMBARQUE A EXPORTAÇÃO.

O QUE MAIS EXPORTAMOS PARA O INIMIGO DA PAZ?

Alimentos, remédios, peças de reposição.

É preciso levantar os dados mais importantes e centrar fogo na inviabilização das exportações.

Ninguém é mais importante agora do que o movimento sindical em todo o mundo para deter o morticínio perpetrado por Israel.

É importante uma articulação global para se levantar o que cada país exporta para lá e juntar toda a classe trabalhadora nesses setores mais estratégicos.

A categoria que não estiver ligada diretamente na produção e exportação desses insumos para os senhores da guerra, deve se empenhar em apoio e manutenção de quem está, seja presencialmente nas portas de fábricas, bem como organizando em sua categoria COMITÊS DE GREVE, arrecadando fundos para manutenção de quem está diretamente na luta.

É preciso que as organizações sindicais no mundo inteiro, comecem já uma articulação a favor da paz, a começar por um cessar fogo imediato e duradouro em Gaza. Vamos começar já, aqui no Brasil enquanto a articulação se desenrola. O mesmo deve ocorrer em cada país, não dá para esperar um chamamento global, para só então iniciar os trabalhos.

FAZER DO LIMÃO LIMONADA, VER NO RISCO OPORTUNIDADE.

Essa é a hora e a  vez da classe trabalhadora organizada, que vem sendo massacrada há décadas, como vilã por vários tipos de retrocessos, mostrar a sua capacidade de organização por uma causa que supera qualquer ambição remuneratória ou de condições de trabalho.

É a condição humana que está em disputa contra a barbárie e a classe trabalhadora precisa se fazer presente ao lado da humanidade.

Não creio que um sindicalista, que se tornou presidente, vá ordenar uma repressão violenta a uma ação organizada como essa.

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Last Update: 21/06/2025