Veja quatro tendências para planejamento de logística em 2026

A logística consumiu cerca de 15,5% do PIB brasileiro em 2025, segundo o Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS). No mesmo período, o país passou a transportar mais de 25% a mais de cargas sem expansão relevante da infraestrutura. O dado reforça o peso do setor nos custos das empresas e na competitividade dos negócios.

Diante desse quadro, Sérgio Simões, diretor de Growth da SimpliRoute, avalia que o planejamento de logística em 2026 será marcado por maior pressão por eficiência operacional, automação e decisões orientadas por dados. Para ele, tratar a logística como área periférica deixou de ser uma opção viável.

Segundo Simões, o avanço dos custos e das exigências do mercado obriga as empresas a reposicionar a logística como parte da estratégia central. A adoção de tecnologia passa a ser decisiva para manter operações viáveis e previsíveis no próximo ano.

Logística orientada por previsibilidade operacional

O planejamento de logística tende a ser guiado por soluções que combinam dados operacionais, automação e modelos preditivos. De acordo com Simões, empresas que utilizam esse tipo de tecnologia conseguem maior controle sobre custos, prazos e rotas.

Ferramentas baseadas em inteligência artificial permitem antecipar riscos, prever demandas e evitar falhas operacionais. Esse modelo reduz intervenções manuais e amplia a capacidade de decisão em tempo real dentro das operações logísticas.

Otimização de rotas

A otimização de rotas segue como um dos principais vetores de eficiência na logística. Com a pressão por entregas mais rápidas e maior precisão, o uso de inteligência artificial permite reduzir quilômetros rodados, diminuir custos e melhorar o aproveitamento das frotas.

Segundo o diretor da SimpliRoute, esse tipo de ajuste impacta diretamente prazos, consumo de combustível e previsibilidade das entregas, fatores que influenciam toda a cadeia operacional.

Redução de emissões de CO₂

A agenda ambiental ganha espaço crescente no planejamento de logística. Para Simões, a redução de emissões de CO₂ deixa de ser tema restrito à sustentabilidade e passa a integrar decisões operacionais.

Iniciativas voltadas à descarbonização ajudam a reduzir a pegada de carbono das operações e influenciam competitividade, exigências de clientes e posicionamento das empresas ao longo da cadeia logística.

Integração redefine o papel da logística

A logística passa a operar de forma integrada a áreas como vendas, marketing, atendimento e expansão. Essa conexão permite previsões mais consistentes e reduz gargalos operacionais em períodos de campanha, lançamentos ou sazonalidades.

Para Simões, a logística se consolida como elo entre estratégia e execução. Quanto maior a integração entre áreas, maior a capacidade de antecipar demandas e organizar a operação com menor risco.

Nesse contexto, o planejamento de entregas envolve simular cenários, testar rotas, organizar dados e antecipar picos operacionais. A SimpliRoute observa aumento na busca por tecnologia capaz de apoiar decisões rápidas e estruturadas, alinhando operação e estratégia em um ambiente de custos elevados e margens pressionadas.

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