O Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Celíaca é celebrado em 16 de maio. A data visa propagar informações sobre a condição e a importância de se atentar aos sintomas. Trata-se de uma doença autoimune em que a ingestão de glúten, uma proteína encontrada no trigo, centeio e cevada, desencadeia uma resposta imunológica que danifica o revestimento do intestino delgado. Isso pode levar a problemas de absorção de nutrientes, resultando em uma série de sintomas e complicações de saúde.
“A conscientização sobre a doença celíaca é fundamental para educar o público sobre os sintomas e a importância do diagnóstico precoce. Muitas pessoas vivem com a doença sem saber, o que pode levar a complicações graves de saúde”, comenta Edna Freignan, professora do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera.
Sintomas da doença celíaca
O diagnóstico da doença celíaca é feito por meio de exames de sangue que detectam anticorpos específicos e uma biópsia do intestino delgado para confirmar o dano causado pelo glúten. A nutricionista explica que os sintomas da doença celíaca podem variar bastante entre os pacientes, mas incluem problemas digestivos como:
- Diarreia;
- Constipação;
- Inchaço;
- Gases;
- Dor abdominal.
Além desses, o paciente pode apresentar sintomas sistêmicos e neurológicos, como:
- Fadiga;
- Perda de peso;
- Anemia;
- Osteoporose;
- Dor de cabeça;
- Depressão;
- Ansiedade;
- Neuropatia;
- Problemas dermatológicos, como dermatite herpetiforme e uma erupção cutânea pruriginosa.
“A diversidade e a intensidade dos sintomas podem dificultar o diagnóstico, tornando essencial a conscientização sobre a doença para identificar e tratar adequadamente os afetados”, acrescenta Edna Freignan.

Tratamento para a doença celíaca
O único tratamento eficaz para a doença celíaca é uma dieta rigorosamente livre de glúten. Isso significa evitar todos os alimentos que contêm trigo, sêmola, centeio e cevada, bem como produtos que possam estar contaminados com glúten. Para isso, é muito importante se atentar aos rótulos dos alimentos industrializados, como pães, biscoitos, massas, entre outros.
“Para que o celíaco possa comer alimentos assim precisa estar no rótulo que o produto é isento de glúten. E mais um detalhe: na hora do preparo do alimento pode acontecer uma contaminação cruzada, se usar um utensílio para preparar uma refeição que contenha glúten. Isto é, para o preparo da refeição do celíaco é necessário utilizar outro utensílio”, comenta a docente.
Importância do apoio emocional e da inclusão social
O apoio emocional também é crucial para aqueles que vivem com a doença celíaca. Grupos de apoio, recursos educacionais e orientação nutricional podem ajudar as pessoas a gerenciarem sua condição e viverem uma vida saudável. “Promover a inclusão das pessoas com doença celíaca é essencial. Isso inclui garantir que haja opções de alimentos sem glúten disponíveis em restaurantes, escolas e eventos sociais, e respeitar as necessidades dietéticas dessas pessoas”, finaliza Edna Freignan.
Por Leticia Zuim Gonzalez