Uma pesquisa da Neura, curadoria especializada em estudos comportamentais, revelou sete perfis que moldarão as escolhas da população no próximo ano.
Segundo o levantamento A Permanência da Impermanência, 80% dos entrevistados acreditam ser possível se preparar para viver mais e melhor, mas apenas 4% afirmam planejar isso de forma consistente.
O estudo, feito em parceria com a PiniOn (plataforma com 3 milhões de usuários), classifica os participantes em grupos como pessimistas, otimistas e utopistas, entre outros.
Pesquisa analisa relação com futuro e envelhecimento
De acordo com Andre Cruz, fundador da Neura, “o envelhecimento não define o presente, e a impermanência deve ser o fator condicionante para o futuro”.
O estudo propõe que empresas e indivíduos repensem estratégias diante de conceitos como longevidade e mudança.
Impermanente pessimista lidera entre os perfis
Com 38% dos entrevistados, este grupo acredita que esforços para melhorar a qualidade de vida são inúteis.
Segundo Bruno Stassburger, pesquisador da Neura, mulheres entre 18 e 24 anos são maioria aqui, pressionadas por responsabilidades domésticas e profissionais.
Otimistas veem idade como irrelevante
O segundo perfil mais comum (19%) é dominado por homens acima de 60 anos.
“Eles encaram a lucidez mental como garantia de uma vida plena, independentemente da idade”, explica Stassburger.
Utopistas projetam vida como se fossem imortais
Representando 18,4% do total, este grupo inclui pessoas que ignoram a finitude. Andre Cruz cita as Age Techs — empresas focadas em longevidade — como exemplo de iniciativas alinhadas a essa visão.
Progressistas buscam mudanças concretas
Com 9,1%, estes entrevistados já ajustaram hábitos ou estão em processo de mudança para melhorar qualidade de vida.
Relativistas temem envelhecimento
Este perfil (7%) nega a passagem do tempo para evitar fases associadas a perda de autonomia.
“Eles preferem morrer antes de se tornarem ‘velhos’”, destaca o estudo.
Idealistas adiam transformações
Presente em 5% dos casos, o grupo é formado por pessoas da classe A, entre 25 e 39 anos, que desejam viver mais, mas não tomaram medidas práticas.
Protagonistas planejam adaptações contínuas
Com apenas 4%, este perfil reúne indivíduos da classe A (25 a 39 anos) que veem a longevidade como algo ajustável.
“Eles se desprenderam de amarras tradicionais”, afirma Cruz.
Empresas precisam entender nova dinâmica cultural
Para Cruz, a sociedade exige modelos que reconheçam a impermanência.
“A vida não é uma linha contínua. A morte não é o único destino”, conclui.