Eduardo Bolsonaro na capa da revista Veja – Foto: Reprodução

Em entrevista chapa-branca à Veja, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), homiziado nos EUA, falou pela primeira vez de forma explícita como um possível candidato ao Planalto em 2026.

Ao longo do bate-papo amistoso, ensaiou declarações típicas de um presidenciável, mencionando a necessidade de retomar o que chamou de “rumo liberal-conservador” e declarou que o Brasil perdeu sua soberania institucional, além de destacar a existência de uma elite burocrática disposta a “sabotar qualquer tentativa de transformação profunda”.

“Obviamente, se for uma missão dada pelo meu pai, vou cumprir. Inclusive, meu nome já apareceu em algumas pesquisas, né? Fiquei feliz”, declarou ao ser questionado as próximas eleições.

Segundo a própria revista, o golpista “buscou mostrar-se como uma figura preparada para liderar, não apenas para polemizar. O deputado pretende ser protagonista de um novo ciclo. Um ciclo em que, segundo ele próprio, será necessário ‘resgatar o espírito de 2018, sem cometer os erros de 2022′”.

É um reboot, desta vez como farsa, da antológica capa do “Caçador de Marajás”, da Veja, quando Fernando Collor de Mello foi ungido como a grande esperança branca contra Lula em 1988. Deu no que deu. A Veja é um cadáver insepulto, mas a canalhice segue viva.

Eduardo é investigado por suas conspirações com o governo dos EUA, em um episódio que envolve tentativa de retaliação a autoridades brasileiras, como o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Um idiota útil para Trump e as big techs, transformado pelo que sobrou da Veja em político batalhador e estrategista.

No X, o sujeito agradeceu a graça alcançada: “Uma matéria honesta, que resgata um bom jornalismo. E além de tudo traz detalhes importantes sobre fatos recentes. Vale a leitura”. Não há pior sinal de decadência jornalística do que receber um elogio de um gângster. 

Com o campo bolsonarista em busca de um novo nome para 2026, outras alternativas vêm sendo ventiladas. Entre elas, destacam-se a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. “Tarcísio é um excelente gestor. Mas ele tem dito que o objetivo dele é a reeleição ao governo de São Paulo. Foi um excelente ministro da Infraestrutura”, afirmou o malandro.

Sobre Michelle, destacou sua capacidade de comunicação com o público evangélico e feminino. “A rejeição à Michelle é muito baixa. O discurso dela é muito próximo das mulheres e dos evangélicos. Mas é o Jair Bolsonaro, na verdade, quem vai decidir”, disse. “Acredito que há uma chance, que há uma luz no fim do túnel pra gente corrigir a democracia brasileira e conseguir colocá-lo como candidato.”

“O Brasil deveria ter tido a decência de conseguir parar o Alexandre de Moraes. Não aconteceu. Por isso, tivemos que recorrer aqui às autoridades americanas. Vamos dar assim o primeiro passo para resgatar a democracia brasileira. O STF hoje derruba aquilo que foi aprovado pelo Congresso. Não é uma democracia saudável”, afirmou o Zero Três.

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Last Update: 30/05/2025