O aumento das falhas de segurança em APIs tem preocupado empresas de todos os setores.

Segundo levantamento da Akamai, 84% dos profissionais de segurança relataram incidentes relacionados a APIs entre 2023 e 2024.

O número reflete uma escalada nos últimos três anos, impulsionada pela maior exposição dessas interfaces na internet.

As APIs, ou Interfaces de Programação de Aplicações, são fundamentais para o funcionamento de aplicativos móveis, plataformas de e-commerce e serviços em nuvem.

Elas viabilizam a comunicação entre sistemas e a troca de dados em alta velocidade.

Por outro lado, sua ampla exposição também aumenta o risco de ataques.

Entre as vulnerabilidades mais comuns estão falhas na autenticação, ausência de controle de acesso e exposição de dados confidenciais.

Crescimento das APIs amplia o risco cibernético

De acordo com o Relatório sobre o Estado da Segurança de API de 2025, publicado pela Salt Security, a rápida expansão dos ecossistemas de API tem superado as medidas de proteção existentes.

Fatores como a migração para a nuvem, a integração de plataformas e a monetização de dados intensificam o problema.

“Com a ampliação da interconexão de aplicações e serviços online, as APIs se tornaram alvos atrativos para cibercriminosos, tornando a proteção dessas interfaces cada vez mais estratégica para a segurança de dados”, afirma Rogerio Rutledge, DPO da Runtalent, empresa especializada em tecnologia e serviços digitais.

Abordagem proativa é o caminho para proteger APIs

Segundo Rutledge, as APIs funcionam como portas abertas para os dados da organização.

Por isso, proteger essas interfaces exige mais do que autenticação básica e criptografia simples.

“É preciso adotar uma abordagem proativa, que inclua monitoramento em tempo real, auditoria contínua, controles rigorosos de acesso e práticas de codificação segura”, orienta o especialista.

Principais medidas para reforçar a segurança de APIs

Entre as ações recomendadas pela Runtalent estão:

Autenticação e autorização fortes:

Adotar autenticação multifatorial (MFA) e utilizar tokens de segurança como OAuth 2.0 para garantir que apenas usuários autorizados acessem as APIs.

Validação e sanitização de entradas:

Realizar validação rigorosa de todas as entradas e saídas para prevenir injeções de códigos maliciosos.

Criptografia de dados sensíveis:

Garantir que todos os dados, tanto em trânsito quanto em repouso, estejam protegidos com protocolos como TLS e AES.

Monitoramento e auditoria contínuos:

Implementar sistemas capazes de detectar atividades suspeitas em tempo real e realizar auditorias regulares para identificar vulnerabilidades.

Testes de segurança frequentes:

Realizar testes de penetração e análises de vulnerabilidades de forma periódica para corrigir eventuais falhas antes que sejam exploradas.

Impactos de falhas podem ser irreversíveis

Rutledge reforça que a dependência crescente de APIs torna a proteção dessas interfaces uma prioridade estratégica.

“O investimento em soluções eficazes de proteção é fundamental para proteger dados sensíveis e garantir a continuidade dos negócios”, afirma.

Além disso, o especialista alerta que negligenciar a segurança pode gerar prejuízos financeiros, danos à reputação e perda de confiança por parte de clientes e parceiros.

Por fim, Rutledge recomenda que as empresas adotem uma abordagem preventiva, automatizada e alinhada às melhores práticas do setor para fortalecer sua resiliência digital.

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Last Update: 18/06/2025