Maduro!
Por Valter Pomar, em seu blog
Quando aqui no Brasil era uma hora da manhã de segunda-feira, 29 de julho, o senhor Amoroso, cabeça do Conselho Nacional Eleitoral, informou o resultado das eleições presidenciais de Venezuela.
Amoroso comunicou que a apuração ainda não terminou, mas a tendência é “contundente e irreversível”.
Venceu Nicolás Maduro, com 5.150.092 votos (51,20%).
Em segundo lugar, ficou Edmundo Gonzalez, com 4.445.978 votos (44,02%).
O resultado corresponde a 80% dos votos apurados.
A participação total foi de 59% do eleitorado.
Amoroso explicou que o atraso na apuração se deveu a “uma agressão contra o sistema de transmissão de dados”.
Nicolás Maduro, em discurso feito logo depois, afirmou que a referida agressão fez parte de uma operação terrorista, cujo objetivo era afirmar que a eleição fora uma fraude.
Coincidentemente, antes mesmo do anúncio do resultado, Javier Milei, presidente da Argentina, postou no X o seguinte:
DICTADOR MADURO, SAÍ!
Os venezuelanos escolheram terminar com a ditadura comunista de Nicolás Maduro. Os dados anunciam uma vitória esmagadora da oposição e o mundo espera que reconheça a derrota após anos de socialismo, miséria, decadência e morte.
Argentina não vai reconhecer outro fraude, e espera que as Forças Armadas esta vez defendam a democracia e a vontade popular.
A Liberdade Avança na América Latina.
E logo depois do anúncio dos resultados, foi a vez de Gabriel Boric, presidente do Chile, postar também no X o que segue abaixo:
O regime de Maduro deve entender que os resultados que publica são difíceis de acreditar. A comunidade internacional e sobretudo o povo venezuelano, incluindo os milhões de venezuelanos no exílio, exigem total transparência das atas e do processo, e que veedores internacionais não comprometidos com o governo deem conta da veracidade dos resultados.
Desde o Chile não reconheceremos nenhum resultado que não seja verificável.
Confirma-se assim o óbvio: para alguns, a única hipótese aceitável era Maduro perder.
Sendo assim as coisas, a primeira tarefa dos setores progressistas, democráticos e de esquerda, é defender o respeito ao resultado da eleição.
Depois, é claro, cabe avaliar os resultados e discutir suas implicações.
Por enquanto, só um comentário: mais uma vez, apesar de todas as pressões, uma parte decisiva do povo venezuelano escolheu não se dobrar e não se render.
Um grande viva a este povo!