O salário mínimo em 2026 será de R$ 1630, conforme a Lei de Diretrizes Orçamentárias elaborada pelo governo do presidente Lula. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, anunciou a novidade nesta terça-feira (08/07) em audiência na Comissão de Orçamento do Congresso.
“Esse número significa, em termos reais, o maior salário mínimo dos últimos 50 anos”, frisou a ministra.
O anúncio vai na linha do que tem sido dito pelo governo e reforçado pela bancada petista no Senado: o orçamento da União deve contemplar a melhoria de vida da população mais pobre, que não pode ser chamada a pagar a conta do ajuste fiscal.
Um piso salarial maior reflete a clara intenção do governo em fortalecer o poder de compra das famílias, combater a pobreza e reduzir as desigualdades sociais.
“No passado, chegou-se a cortar até dinheiro para ciência, tecnologia, inovação. Tirou-se dinheiro de Farmácia Popular, de políticas sociais e nunca se conseguiu mexer com o andar de cima. Então, a gente tem que ter o seguinte em mente: por justiça tributária. Não é justo que quem ganhe mais de 50 mil de renda não pague 10%”, frisou Tebet.
A ministra atacou os enormes benefícios fiscais e gastos tributários, que acabam dificultando a ampliação das políticas sociais. Ela garantiu que o governo segue nessa agenda.
“Se nós conseguirmos algo em torno de R$ 20 bilhões de economia, num universo de gastos tributários hoje da ordem de R$ 580 bilhões de renúncias fiscais todos os anos, já seria algo. É possível cobrar impostos de quem não paga”, explicou.