Oito das 16 vacinas a serem aplicadas até o segundo ano de vida das crianças já superaram os números registrados no ano anterior, segundo a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) do Ministério da Saúde.
Em 2023, a vacinação contra a Hepatite B, recomendada ao nascer, podendo ser administrada até os primeiros 30 dias após o nascimento dos bebês, registrou 81,45% de imunização. Até o dia 20 de agosto, 83,1% das crianças já receberam a dose.
O aumento também é notado na vacina de reforço da pneumocócica, que saiu de 84,1% para 86,5%; da poliomielite oral, de 79,2% para 83,5%; da primeira dose da tríplice viral, de 89,5% para 91,9%; da segunda dose da tríplice viral, de 66,2% para 75,1%; e o reforço da DTP, de 79,5% para 81,8%.
Na imunização contra a meningite, com a meningocócica C, 96,2% das primeiras doses e 98,2% da dose de reforço foram administradas. Em 2023, os registros foram de 88,5% e 87,3%, respectivamente.
Em abril, o Ministério da Saúde identificou um aumento nas coberturas vacinais de 14 dos 16 principais imunizantes do calendário infantil do Programa Nacional de Imunizações (PNI) ante o visto em 2022, em um resultado que muda o cenário de queda dos índices vacinais enfrentado pelo Brasil desde 2016.
O atual balanço também corrobora com as estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Unicef, que tiraram o Brasil da lista dos 20 países com mais crianças não imunizadas.
“Graças ao Movimento Nacional pela Vacinação, lançado no início de 2023, e da introdução de novas estratégias, como o microplanejamento, que consiste em diversas atividades com foco na realidade de cada local, estamos conseguindo recuperar a confiança nas vacinas e resgatar essa cultura no país”, diz o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), Eder Gatti.
Apenas em 2023, o governo federal investiu mais de R$ 6,5 bilhões em suporte a estados e municípios na compra de imunizantes. A estimativa para 2024 é que tal valor chegue a R$ 10,9 bilhões – ao mesmo tempo, R$ 150 milhões são destinados anualmente para apoiar ações de imunização com foco no microplanejamento e na comunicação regionalizada.