Por Conceição Lemes
Ahmad Schabib Hany é seu nome completo.
Por afeto, respeito, os corumbaenses chamam-no preferencialmente de professor Schabib.
‘’É um livro vivo de Corumbá (MS); sabe tudo da cidade’’, observa o médico Ronaldo de Souza Costa.
Graduado em História, Ahmad Schabib já foi professor da disciplina, tradutor de português-espanhol, revisor de texto acadêmico, correspondente de alguns jornais.
Nessa sexta-feira,18 de abril, ele fez 66 anos de idade. Na semana passada, 61 de Corumbá.
Em 9 de abril de 1964, o senhor Youssef Al Hany (libanês), Dona Wadia Al Hany Schabib (boliviana) e a prole de nove filhos (três meninos e seis meninas) emigraram de Cochabamba, para o Brasil
A foto abaixo foi a primeira que tiraram em Corumbá.

Ao fundo, o rio Paraguai e parte do Pantanal. No colo do pai Youssef, o nosso Ahmad Schabib, então com 5 anos de idade. E no colo da mãe Wadia, a caçula Janan Bolivia (em português, Coração da Bolívia), a única da prole que nasceu no Líbano, Atrás, da esquerda para a direita, os sete filhos e filhas ”mais velhos’’: Mohamed (falecido), Wadia, Zamzam, Muslim, Soad, Waded, Fatmato. Foto: Arquivo pessoal
A participação política e social é uma característica dos Hany-Schabib. E o professor Schabib saiu aos seus.
Sempre participou ativamente de movimentos por democracia, direitos humanos, cidadania, saúde pública, povos indígenas, preservação do meio ambiente, entre muitos e muitos.
No momento, batalha em duas frentes.
Uma é o Movimento Efetiva SUS, que reivindica para a região UBS Fluvial, ambulancha do Samu 192, centro de fitoterapia com base na flora nativa e Hospital Universitário.
A outra, ele me apresentou justamente durante entrevista sobre as demandas acima: a criação da Universidade Federal do Pantanal, em torno da qual se reúne o Movimento UFPantanal.
‘’Um sonho de décadas’’, resumiu.
Era a primeira vez que eu ouvia falar da ideia. O professor Schabib detalhou-a:

Professor Schabib Hany. Foto: Arquivo pessoal
— As elites políticas sempre relegaram o povo brasileiro ao atraso, especialmente o do Pantanal e da Amazônia, as regiões mais ricas em biodiversidade e diversidade cultural e étnica do País.
— Lutar pela implantação imediata da UFPantanal é abrir oportunidades para que nossa juventude e nossos jovens adultos deixem de ter na BR-262 literalmente a sua única saída.
— É também lutar contra o negacionismo e o atraso científico e tecnológico de Corumbá e de todo o Pantanal.
— Só o presidente Lula e a presidenta Dilma batalharam pela criação de universidades e institutos federais, indistintamente, em todo o território nacional.
— Trata-se de uma universidade com o DNA do Pantanal e focada nas conexões humanísticas do século 21.
— Ela será de vanguarda, direcionada a dar oportunidade à população do nosso território e a integrar nossas regiões de fronteira Ou seja, inovadora, inclusiva e integradora.
— Uma universidade pública e de qualidade, sediada em Corumbá e com todas as características de nossa gente, de nossa história, de nosso bioma e de nossa localização geográfica.
— A ideia é que o presidente Lula anuncie a UFPantanal na COP-3O, em novembro deste ano, como resposta do governo às emergências climáticas.
MANIFESTO E CARTA A LULA: PELA UFPANTANAL E ANÚNCIO NA COP 30
Professores, pesquisadores, lideranças comunitárias, ativistas sociais, artistas, ONGs e sociedade civil do Pantanal fazem parte o Movimento UFPantanal.
Em 31 de julho de 2024, o grupo deu a largada histórica.
O presidente Lula estava em Corumbá, na fronteira Brasil-Bolívia, para anunciar medidas destinadas ao enfrentamento dos devastadores incêndios no Pantanal.
Aproveitando a visita, integrantes do Movimento entregaram-lhe um manifesto (na íntegra, aqui) com este mote:
”Se a criação de uma universidade no Pantanal era um sonho acalentado há quase três décadas, hoje torna-se uma necessidade urgente”.
Para alegria geral, em 5 de dezembro de 2024, o presidente Lula retornou a MS, para a inauguração de uma fábrica de celulose, no município de Ribas do Rio Pardo.
O Movimento UFPantanal deu, então, mais um passo importante.
Fez chegar às mãos de Lula uma nova carta (na íntegra, aqui) com a proposta de a criação da Universidade Federal do Pantanal ser anunciada em novembro, em Belém (PA), durante a COP 30, Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.
O Movimento avança, e conquista novos apoios.
Por exemplo, no início de abril, o da Adufms — Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
Também o de líderes comunitários, parlamentares, pesquisadores do Estado, como informou Ahmad Schabib Hany/professor Schabib em sua página no Correio de Corumbá.
O abaixo-assinado a favor da UFPantanal já tem 8.195 apoiadores.

3 de abril, a deputada estadual Gleice Jane recebe na Assembleia Legislativa representantes do movimento UFPantanal. Da esquerda para a direita: professores Helvio Rech (Universidade Federal do Pampa — Unipampa), Ilsyane Kmitta (Federal da Grande Dourados –UFGD), Ilídio Roda (Federal de Mato Grosso do Sul — UFMS) e o advogado Péricles Duarte Gonçalves. Foto: Aline Teodoro / Comunicação/ ALMS
Em 4 de abril, momento memorável: o lançamento oficial da campanha pela UFPantanal.
O ato reuniu apoiadores de diferentes gerações, idades e setores da sociedade civil corumbaense, ladarense e sul-mato-grossense.
Na foto abaixo, pode-se ter uma ideia da diversidade.

Foto: Ronaldo de Souza Costa
Ao microfone, Ricardo Almeida, consultor da Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI), aborda a preservação das tradições culturais nos países de fronteira.
À direita, sentados em primeiro plano, o professor e ativista social Anísio Guilherme da Fonseca — Anísio Guató e o professor Wilson Ferreira de Mello (de óculos), titular da área de Psicologia da Universidade Federal de Mato do Sul (UFMS), atualmente aposentado.
À esquerda, também sentados, Rubén Darío (de chapéu) e Gena Barreto. Ele, um reconhecido artista plástico boliviano, que há décadas reside no Brasil. Ela, uma artesã portuguesa.
Esta é a quarta vez que se busca criar a Universidade Federal do Pantanal.
Em 2013 e 2016, o professor Wilson Ferreira de Mello, como diretor do Campus Pantanal da UFMS, acompanhou a mobilização interna pela criação da Universidade Federal do Pantanal. As duas tentativas não foram prosperaram.
”Como a iniciativa atual é uma proposta da sociedade, e não uma coisa interna, e que conta com a participação de representantes de instituições, professores de outras universidades, acredito que tenhamos mais condições de conquistar a Universidade Federal do Pantanal”, avalia o professor Wilson.
”De fato, a ideia sempre partiu dos professores. Agora, o fato de se originar da sociedade local dá muito mais força à nossa demanda’’, reforça a bióloga Débora Calheiros, que assina no Viomundo a coluna Bicho está pegando.
RIQUEZA DOS MÚLTIPLOS OLHARES SOBRE O PAPEL DA FUTURA UNIVERSIDADE
Assim como o professor Wilson de Mello, Débora Calheiros, Helvio Rech, Anísio Guató e Ronaldo de Souza Costa participaram do lançamento oficial da campanha, em 4 de abril, em Corumbá:
As falas deles, além da amplitude e do compromisso do Movimento, mostram uma riqueza de olhares sobre o papel da futura Universidade Federal do Pantanal.
Débora Calheiros chegou a Corumbá há 36 anos. Desde então, estuda a ecologia de rios e áreas inundáveis do Pantanal e a integração e conservação do Sistema Paraguai-Paraná de Áreas Úmidas.
Em sua exposição, destacou a importância da ciência como base para a conservação ambiental da região do Pantanal:
“Nós temos aqui a Embrapa Pantanal e a UFMS [Universidade Federal de Mato Grosso do Sul] que fornecem subsídios para isso” (veja vídeo abaixo).
“UFPANTANAL É UMA AÇÃO QUE DE FATO VAI MUDAR ESTA REGIÃO”
Helvio Rech é professor da Universidade Federal do Pampa — Unipampa/campus Bagé.
Nas duas primeiras semanas de abril, ele esteve em vários espaços institucionais para explicar e defender a proposta da UFPantanal.
O vídeo que se segue registra um trecho do que ele falou no evento:
”Minas Gerais tem 11 universidades federais, o Rio Grande do Sul, seis, aqui nós temos duas. Então, por que não a terceira? Esse é o debate.
É uma ação reconhecida [a UFPantanal] e que, de fato, vai mudar esta região.
A obra é responsabilidade do governo federal, que é quem tem recursos para isso.
Não dá mais para a gente ficar de arremedos.
Vamos pensar em algo de vida longa, com a perspectiva de mudar a realidade”.
O professor Helvio Rech dá vários argumentos:
”A história mostra que onde há universidade, há crescimento econômico, inovação, qualificação de mão de obra, novas oportunidades de emprego e impacto social permanente. Exemplos são os de Santa Maria e Pelotas, e aqui temos Dourados”.
”A criação da Universidade Federal do Pantanal influenciará investimentos em setores estratégicos, como o turismo sustentável, biotecnologia e energias renováveis, com impacto direto no desenvolvimento regional”
”Projetos de infraestrutura, como a construção de um novo campus universitário para a cidade de Corumbá, moderno, com biblioteca, laboratórios, ajudam a revitalizar a cidade e a região do seu entorno”.
”NÓS, POVO GUATÓ, ESTAMOS JUNTOS NESTA LUTA”
Anísio Guilherme da Fonseca, ou Anísio Guató, como ele mesmo se autodenomeia.
Indígena Guató, professor e ativista. Integra o Movimento Efetiva SUS. Já foi maquinista e sindicalista ferroviário.
É ele que está no vídeo abaixo.
O professor Anísio começou a sua cumprimentando os presentes na língua quató:
‘’Orrê.
”Kira mareng manum magun Guadakan’’
”Orrê é bom dia; na língua guató o bom dia para o dia todo – manhã, tarde e noite”
”Kira mareng manum magun Guadakan quer dizer, vamos lá, de canoa, nas águas do Pantanal”.
Na sequência, expôs a sua expectativa em relação à Universidade Federal do Pantanal e, em nome do povo Guató, arrematando, em nome do povo Guató, de forma emocionante. Acompanhe:
”Bem, os navios não nasceram no Pantanal. Muito menos os motores.
Mas o povo de Guadakan (palavra sagrada do povo Guató; significa Pantanal) tem registros arqueológicos de 8.400 anos indicando aterro construído pelos Guató canoeiros do Pantanal.
Outro dia me chamou a atenção a conversa de parentes. Eles estavam dizendo que querem voltar a comer caramujo.
Eu fui tentar entender e os parentes explicaram: ‘a sustentação da maior parte das sedimentações dos aterros Guató (não só em beira de rio, mas em todo Pantanal) é dada pela argila e muito caramujo’.
E, brincando, ainda disseram: ‘a gente já comeu caramujo quando criança, é gostoso’
Pra gente encontrar nos nossos aterros muita presença de caramujo é porque no passado os parentes comeram muito caramujo.
Bem, essa é a fala dos nossos parentes da Barra do São Lourenço e do Paraguai Mirim.
Eu acredito que muito mais do que isso poderemos descobrir quanto tivermos a nossa Universidade Federal do Pantanal. Ela poderá dar voz além da versão dos colonizadores que chegaram depois dos nossos antepassados.
Nós, povo Guató, estamos juntos nessa luta pela criação da Universidade Federal da nossa Guadakan, que hoje todos chamamos de Pantanal’’.

O médico Ronaldo de Souza Costa , a bióloga Débora Calheiros e o professor Anísio Guató
“A UNIVERSIDADE FEDERAL É VITAL PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇAO DO PANTANAL”
Existem nove universidades federais de biomas e regiões no Brasil:
- Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
- Universidade Federal do Cariri
- Universidade Federal do Vale do São Francisco
- Universidade Federal Rural do Semi-Árido
- Universidade Federal do Triângulo Mineiro
- Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
- Universidade Federal do Pampa
- Universidade Federal do Agreste de Pernambuco
- Universidade Federal do Delta do Parnaíba
“E qual a próxima?” Ronaldo de Souza Costa pergunta e responde: ”Universidade Federal do Pantanal.
Biomas são formações únicas de regiões, ricas em solos diversificados, nascentes, minerais, seres vivos animais, que formam complexos únicos. Eles precisam ser conhecidos e explorados cientificamente de forma equilibrada, unindo as potencialidades da ciência e pesquisa à preservação e aos benefícios para a natureza e a humanidade.
Ronaldo de Souza Costa é médico clínico e sanitarista.
Empolgado, já antevê as possibilidades que se abrirão para as ciências da saúde no bioma Pantanal.
”Vislumbro um universo novo de ensino, ciência e pesquisa, no coração da América do Sul’.
”Esse bioma ainda não é conhecido nem foi estudado para a saúde’.
”Com a Universidade Federal do Pantanal poderemos aprender muito sobre o quanto equilíbrio e desequilíbrio entre homem e natureza impactam na saúde”.
“Poderemos também executar atividades produtivas agroecológicas e científicas, autossustentáveis”, como:
- Criação do Centro Nacional de Farmacologia e Farmacognosia das Plantas Medicinais do Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica e Pequeno Chaco.
- Estabelecimento do Centro de Ciências Biológicas e da Faculdade de Medicina
- Instalação de Hospital Universitário em Corumbá capaz de garantir a média e a alta complexidade com quantidade e qualidade adequadas, atendendo todas as especialidades com integralidade, universalidade e equidade.
“Só assim será possível cumprir a exigência da equidade em Corumbá”, adverte o médico Ronaldo Costa. ”A área do município é 3,5 vezes maior que o estado de Sergipe e, ainda hoje, em 2025, tem vazios assistenciais”.
”Não se pode condenar o Pantanal a continuar sem a sua Universidade Federal”, é categórico.
Os dados apontam para uma real degradação do Pantanal.
Segundo o MAPBiomas, no primeiro semestre de 2024, a área queimada foi de 468.547 hectares. Isso representa um aumento de 529% em relação à média desde 2019. Comparando com o mesmo período no ano anterior um aumento de 4.240%”.
Mas não são apenas as queimadas que estão destruindo o Pantanal.
Por ação dos pecuaristas a vegetação nativa está sendo substituída por gramíneas para o gado.
Segundo o MAPBiomas, mais de 65% da vegetação nativa do Pantanal já estava destruída em 2023. Após as queimadas de 2024, mais 17% da área foi atingida. O total de área degradada da vegetação nativa pode chegar, portanto, a 82%.
Em consequência, os animais estão desaparecendo, pois a cadeia alimentar foi destruída.
O ciclo de animal que depende da vegetação natural, e não a tem mais, provoca a fuga ou a morte desse animal e dos outros que dependem dele na cadeia alimentar. É toda uma rede integrada e complexa.
”Logo, é urgente o reconhecimento da degradação e da necessidade de preservação do Pantanal”, chama a atenção o médico Ronaldo Costa.
“E a Universidade Federal é vital para a preservação e conservação do bioma pantaneiro”, acrescenta.
”SEM ‘LÍDERES’ E COM ABAIXO-ASSINADO
O professor Schabib avisa: ”O Movimento UFPANTANAL não tem ‘donos’, ‘chefes’ ou ‘líderes’. O que o Movimento tem são interlocutores”.
Seja você é de Corumbá, Ladário, Miranda ou de outra cidade sul-mato-grossense, tem ótimos motivos para subscrever o abaixo-assinado pela criação e implantação da Universidade Federal do Pantanal.
Se você é de outro Estado, sugiro apoiar também. É questão de cidadania.
A conquista da UFPantanal beneficiará toda a sociedade.
Eu, Conceição Lemes, assinei.
Para subscrever o abaixo-assinado, clique aqui.
Já são 8.206 apoiadores.
Segue a íntegra da petição. Leia.
Pela criação da Universidade Federal do Pantanal — UFPantanal
”Os signatários abaixo vêm, por meio deste, reiterar um importante pleito da população pantaneira e das comunidades fronteiriças no coração da América do Sul: a criação da Universidade Federal do Pantanal (UFPantanal).
Há décadas, a criação de uma universidade no Pantanal tem sido um sonho. Hoje, porém, este sonho se torna uma necessidade urgente. O modelo de desenvolvimento adotado na região não tem atendido às expectativas de melhoria da qualidade de vida, tampouco do bem-estar ambiental.
Apenas nos anos de 2023 e 2024, foram destinados R$ 237 milhões para combater incêndios no Bioma Pantanal em território brasileiro, mas esses esforços não impediram a destruição de milhares de hectares de vegetação nativa e de sua fauna, agravando ainda mais as condições ambientais locais e regionais.
Os incêndios recorrentes no Pantanal evidenciam o desgaste de um modelo de exploração insustentável da Bacia do Alto Paraguai (BAP).
É urgente que a trajetória de desenvolvimento da região seja transformada em direção a uma economia centrada no conhecimento.
Este novo modelo deve se apoiar na educação, ciência, tecnologia e inovação, com foco em mudanças climáticas, transição energética e combate à pobreza.
A proposta da UFPantanal é exatamente essa: uma universidade que promova a cooperação e o cuidado com o meio ambiente, gerando conhecimento sobre a biodiversidade do Pantanal e formando profissionais comprometidos com o desenvolvimento sustentável da região.
Essa universidade deve ser pensada a partir da perspectiva do bioma, integrando-se a universidades e centros de pesquisa de outras regiões de ambientes úmidos ao redor do mundo e em diálogo com países vizinhos, que compartilham a responsabilidade de abrigar uma das maiores e mais ricas extensões úmidas contínuas do planeta.
Para assegurar a preservação e o desenvolvimento sustentável do Pantanal, o investimento mais adequado está no conhecimento e na tecnologia.
A UFPantanal será essencial para oferecer novas oportunidades de emprego, renda e educação às populações fronteiriças de Corumbá e Ladário (Brasil) e Puerto Quijarro e Puerto Suárez (Bolívia), transformando a região em uma Zona Franca de Educação. Esse arranjo institucional possibilitará a integração e cooperação entre os povos, centrada na educação, ciência e tecnologia.
Vislumbramos um território livre, em que a circulação de pessoas da comunidade científica e educacional seja facilitada, permitindo o compartilhamento de recursos humanos e técnicos de maneira otimizada.
Esse espaço comum de educação fortalecerá a formação profissional e técnica de qualidade para os jovens da fronteira e incentivará a pesquisa e o desenvolvimento regional.
Portanto, solicitamos criação da Universidade Federal do Pantanal, vocacionada para o desenvolvimento sustentável e a preservação do bioma.