A União Europeia (UE) reagiu neste domingo (2) à ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aumentar as tarifas de importação sobre produtos europeus. O bloco afirmou que, caso a promessa seja concretizada, responderá “com firmeza” às ações de Trump, que elevou a tensão comercial entre as duas potências.
Até recentemente, a UE havia sinalizado que tentaria evitar um confronto comercial com o presidente americano, que durante sua campanha presidencial mencionou diversas vezes a possibilidade de aplicar barreiras comerciais contra os produtos europeus. No entanto, na última sexta-feira, Trump intensificou sua postura, afirmando que planeja aumentar as tarifas sobre os países da União Europeia.
“Com certeza, vou impor tarifas à União Europeia. Eles nos trataram de forma terrível”, declarou Trump em entrevista coletiva, criticando o superávit comercial da UE com os Estados Unidos. As novas tarifas poderiam afetar a relação comercial de 27 países do bloco europeu com os EUA, ao mesmo tempo em que o presidente americano impôs tarifas adicionais a outros países, como Canadá, México e China.
Em resposta, um porta-voz da UE afirmou que o bloco não hesitará em reagir a quaisquer tarifas consideradas injustas ou arbitrárias. “As tarifas criam distúrbios econômicos desnecessários e aumentam a inflação. Elas são prejudiciais para todos os lados”, ressaltou. A União Europeia manteve seu compromisso com uma política de tarifas baixas, buscando fomentar o crescimento e a estabilidade econômica em um sistema comercial global baseado em regras.
O impacto das novas tarifas também gerou reações de outros países afetados. O Canadá, o México e a China, que já enfrentam tarifas impostas por Trump, anunciaram retaliar com medidas tarifárias e não tarifárias. A China, por sua vez, afirmou que recorrerá à Organização Mundial do Comércio (OMC) para contestar as novas imposições comerciais.
O chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, destacou a importância de manter um comércio global livre de barreiras, advertindo sobre os riscos de um aumento de tarifas para a economia mundial. “A troca global de mercadorias foi um fator chave para a prosperidade de todos. Precisamos evitar a divisão do mundo por barreiras alfandegárias”, afirmou Scholz durante uma reunião com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.
Friedrich Merz, líder da oposição alemã e candidato ao cargo de chanceler, também criticou a estratégia de Trump, argumentando que as tarifas não são uma solução para os conflitos comerciais. Merz alertou que os consumidores americanos acabariam pagando o preço das tarifas, o que geraria resistência dentro dos EUA, e defendeu uma resposta unificada da UE nas negociações com Washington.
Trump, por sua vez, defendeu as tarifas como uma forma de proteger os interesses econômicos dos EUA, apesar de reconhecer que os consumidores americanos podem sentir algum impacto financeiro. “Pode haver alguma dor econômica, mas vale a pena para garantir os interesses dos Estados Unidos”, afirmou o presidente.
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