Fux e Moraes, do STF

No julgamento do chamado “núcleo 4” dos golpistas, o clima entre os ministros Alexandre de Moraes e Luiz Fux do Supremo Tribunal Federal (STF) gerou clima de velório, especialmente no meio bolsonarista.

Durante a sessão, uma série de momentos aparentemente descontraídos e de leveza entre os dois magistrados, incluindo uma piada de Moraes sobre sua mágoa relacionada à suspeição e a brincadeira de Fux sobre sua amizade com o colega, foram interpretados como uma mensagem clara: os dois estão unidos, apesar de quaisquer divergências anteriores.

O advogado bolsonarista André Marsiglia, que acompanha o caso com atenção, deixou sua mágoa registrada em suas redes. “Hoje, o clima descontraído com Fux, a piada de Dino sobre urna eletrônica, a brincadeira de Moraes sobre mágoa por suspeição, desejaram passar um único recado: Fux não rachou a turma. Eles estão unidos”, escreveu Marsiglia, refletindo a decepção de muitos que alimentavam a expectativa de um distanciamento entre os dois.

Fux, por sua vez, não hesitou em responder aos rumores sobre uma suposta discórdia. “Na verdade, o que há aqui não é discórdia, é dissenso”, afirmou o ministro, destacando que sua relação com Moraes é marcada pelo respeito mútuo, mesmo diante das divergências. Moraes, em tom descontraído, também rebateu as especulações da imprensa, ressaltando que alguns veículos tentam “transformar o Supremo na Revista Caras”, criando intrigas desnecessárias.

A brincadeira de Moraes sobre o ombro machucado – uma alusão à especulação de que Fux teria sido responsável pelo incidente – apenas reforçou a imagem de que, apesar das diferenças, a relação entre ambos permanece sólida.

Os bolsonaristas, que viam uma possível fratura entre Fux e Moraes como uma esperança de divisão dentro do STF para favorecer os golpistas, ficaram frustrados. A ausência de racha significa uma nova derrota para os que esperavam uma reviravolta dentro do tribunal.

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Last Update: 07/05/2025