O ministro do Turismo, Celso Sabino, foi expulso do União Brasil em decisão unânime da comissão executiva nacional, por descumprimento à ordem do partido para deixar o governo Lula.
“A expulsão decorre de uma representação apresentada contra Sabino, que permaneceu no governo federal, em atitude contrária a uma determinação do partido anunciada em setembro envolvendo todos os filiados”, afirmou o partido em nota oficial.
A permanência de Sabino na pasta ou no partido era uma incógnita desde setembro, quando o União Brasil determinou que todos os filiados que ocupassem cargos no Executivo os deixassem.
Caso contrário, seriam acusados de infidelidade partidária e, consequentemente, sujeitos à expulsão.
Ao longo do imbróglio, Sabino chegou a anunciar a saída do governo, tendo, inclusive, entregado uma carta de demissão.
Mas o pedido de Lula para que permanecesse no cargo e os próprios interesses eleitorais do ministro, que estava à frente da COP 30 no próprio berço eleitoral, influenciaram a permanência de Sabino na pasta.
Deputado federal licenciado, Sabino não deve ter o mandato na Câmara afetado e pode se filiar a outro partido para disputar, como ele almeja, uma vaga no Senado em 2026.
Nota do União Brasil:
A Comissão Executiva Nacional do União Brasil decidiu, durante reunião realizada na tarde desta segunda-feira (8), pela expulsão com cancelamento de filiação do deputado federal e atual ministro do Turismo, Celso Sabino.
A expulsão decorre de uma representação apresentada contra Sabino, que permaneceu no GovernoFederal em atitude contrária a uma determinação do partido anunciada em setembro envolvendo todos os filiados.
Atendendo a outra representação, a Comissão deliberou sobre a intervenção no Diretório Estadual do Pará, que passa a ser presidido por uma Comissão Executiva Interventora.
Entenda o caso
Em setembro, a Executiva Nacional do União Brasil decidiu antecipar a saída do governo Lula, prevista inicialmente para o final daquele mês, graças ao escândalo envolvendo o presidente do partido, Antônio Rueda, que seria o dono de aviões operados por integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Rueda nega as acusações feitas pelo piloto dos aviões, Mauro Caputti Mattosinho, à Polícia Federal (PF).
Após fusão com o Partido Progressista (PP), a nova legenda denominada União Progressista decidiu deixar o governo Lula, a fim de apoiar Tarcísio de Freitas (Republicanos), caso o governador de São Paulo se lance à disputa presidencial em 2026.
Com a formação do novo partido, o ministro do Esporte, André Fufuca (PP) também deve entregar o cargo.
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