A Universidade Estadual Paulista (Unesp) iniciou um projeto de prevenção e conscientização sobre o uso de cigarros eletrônicos, em que 34 estudantes realizam ensaios, experiências com método científico e materiais educativos para combater o avanço do uso de vapes na universidade. 

Para tanto, os pesquisadores ciram maquetes para demonstrar os danos causados pelo uso de cigarros eletrônicos, além de vídeos e folhetos sobre os riscos do tabagismo e o impacto ambiental causado pelos resíduos de cigarro. 

Além de reduzir o tabagismo entre os  estudantes, a ideia do projeto é que a campanha possa ser replicada em outras instituições de ensino, a fim de tentar reverter o avanço do consumo de nicotina entre os mais jovens. 

Evolução

Desde 2010, o número de fumantes no Brasil cai cerca de 35%, segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) este ano. 

No entanto, esta conquista está ameaçada pelo avanço do uso de cigarros eletrônicos, mais conhecidos como vapes, além de produtos com tabaco aquecido, que se dissemina rapidamente entre os mais jovens. 

Um levantamento da Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec) aponta que o uso de cigarros eletrônicos aumentou 600% nos últimos cinco anos no país, apesar dos casos de doenças pulmonares graves geradas pelo hábito. 

Em 2019, nos Estados Unidos, foram registrados 2.800 casos de Evali, doença pulmonar grave ligada ao uso de dispositivos eletrônicos contendo acetato de vitamina E e quantidades impressionantes de nicotina. Naquele ano, o uso de vapes vitimou 68 pessoas.

Estratégias

Além da universidade, há outras medidas em andamento para tentar minimizar os danos causados pelo uso de cigarros eletrônicos. Um deles foi a reformulação da forma de entrega da nicotina. Em vez de produtos com acetato de vitamina E, os cigarros agora apresentam a nicotina freebase, uma forma mais pura e instável da substância, de absorção mais lenta pelo organismo e que causa irritação na garganta. 

No Brasil, os vapes estão proibidos desde 2009. No entanto, ainda são vendidos ilegalmente, apesar da recente resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que em abril proibiu a fabricação, importação, comercialização, distribuição, armazenamento, transporte e propaganda de dispositivos eletrônicos contendo nicotina ou tabaco aquecido. 

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Last Update: 08/12/2024