Depois de 12 dias do início de ataques criminosos, primeiro de “Israel”, depois de seus “donos”, os Estados Unidos, a República Islâmica do Irã e o seu povo, que há 46 anos colocou abaixo com uma revolução a monarquia autocrática pró-imperialista comandada pelo Xá Mohammad Reza Pahlavi, saíram às ruas para celebrar mais uma espetacular vitória sobre o nazissionismo e o imperialismo que fracassaram em todos os seus objetivos.
A decisão unilateral dos Estados Unidos e de “Israel” de encerrar a ofensiva militar contra o Irã representa, ao contrário do que procuraram divulgar os grandes monopólios da venal imprensa capitalista e seus satélites, não foi um “cessar-fogo negociado”, mas um recuo dos que iniciaram a agressão e fracassaram em todo os seus objetivos.
O anúncio do recuo partiu do presidente norte-americano Donald Trump que, dias antes, ameaçava o Irã com represálias devastadoras, com o assassinato do líder supremo e até mesmo com a derrubada do regime instalado com a revolução.
Os Estados Unidos entraram oficialmente na guerra em 22 de junh com a “Operação Martelo da Meia-Noite”, na qual bombardeiros B-2 voaram em uma missão de 37 horas a partir do Missouri para lançar 14 bombas GBU-57 “Massive Ordnance Penetrator” (MOP) contra o Irã, especialmente, Fordow.
O Irã respondeu no dia seguinte com uma retaliação simbólica, disparando 14 mísseis — um para cada MOP americano — contra a base aérea americana em al-Udeid, no Catar. Todos, exceto um, foram interceptados e, graças ao alerta precoce do Irã, ninguém ficou ferido (isso mesmo o Irã avisou antes, deixando claro que estava apenas mandando um “recado”), como reconheceu em suas redes o próprio Trump. Duas horas depois, não por coincidência, ele proclamou o cessar-fogo.
Fracasso geral
Fracassou de forma retumbante a operação que visava a:
1) matar as principais lideranças revolucionárias e enfraquecer o regime. Importantes líderes militares foram assassinados, mas as forças revolucionárias mostraram capacidade de reagir, com novas lideranças, coesão e eficiência na defesa do Irã e no ataque aos agressores;
2) rebelar o povo contra o regime revolucionário. O que se viu foi uma maior coesão e apoio ao governo que resistia aos covardes que – como na Palestina – atacaram alvos civis, deixando centenas de mortos, destruíram seis hospitais, prédios de moradia e até uma prisão. O Irã não revidou, atacou alvos militares, causou sérios prejuízos a “Israel” e mostrou – uma vez mais – que não existe, nem em “Israel” nem nas bases dos EUA, fortalezas que não possam ser atacadas e destruídas pelas armas sob o controle das forças revolucionárias do Eixo da Resistência; centenas de espiões e mercenários contratados pelos agressores, dentre elementos da direita e do lumpemproletariado do Irã, Afeganistão, etc. acabaram presos e estão sendo devidamente julgados e condenados como traidores;
3)derrubar o regime comandado pelos aiatolás, sob a base de uma campanha internacional de que o Irã é uma ditadura contra o povo. O que se viu foi o fortalecimento do regime político iraniano e, inclusive, da simpatia que desperta em povos oprimidos de todo o mundo, justamente por enfrentar de forma combativa os maiores genocidas da humanidade, por serem a liderança do Eixo da Resistência que impulsiona a revolução palestina e tantas outras lutas fundamentais na região. Se fortaleceu o regime iraniano do ponto de vista militar e das resoluções de não se curvar aos poderosos agressores da parte da Assembleia dos Sábios, do parlamento iraniano, etc.
4) Os agressores, apresentaram como pretexto para os criminosos ataques, a destruição do programa nuclear iraniano. Como foram forçados a reconhecer até mesmo setores do serviço de inteligência dos EUA, citados pela CNN, com base em uma avaliação da Agência de Inteligência de Defesa (DIA, na sigla em inglês), os ataques não destruíram elementos centrais do programa nuclear do Irã e, no máximo, provocaram um atraso de poucos meses nos avanços do país persa.
Mais forte do que nunca
O Irã se fortaleceu. Não apenas manteve sua capacidade defensiva intacta como reforçou sua posição no cenário regional e aos olhos dos povos do mundo inteiro.
Nenhum dos objetivos declarados por “Israel” e pelos EUA foi alcançado: o regime iraniano não caiu, seu programa nuclear segue firme, sua capacidade de ataque foi demonstrada com clareza e nenhum “acordo de rendição” foi sequer discutido.
Ao contrário, o Irã ditou os termos do fim do conflito. Após aplicar golpes precisos, inclusive em território israelense, demonstrou sua disposição de cessar os ataques desde que as agressões cessassem.
As forças armadas iranianas impuseram à entidade sionista a pior humilhação de toda a sua história. Vários centros estratégicos da máquina de guerra e da infraestrutura do regime sionista foram destruídos: a base aérea de Ouda, a refinaria de Haifa, o consulado dos EUA em Telavive, a bolsa de valores, a estação de trem de Bersebá, o centro Rafael, além do próprio aeroporto Ben Gurião.
Mais crise em Israel
A destruição levou ao pânico generalizado. Milhares de israelenses fugiram do país por terra, mar e ar. Cidadãos se amontoaram em bunkers e centros urbanos foram transformados em bases militares improvisadas.
A defesa antimísseis entrou em colapso: disparando interceptadores a um custo bilionário por noite, “Israel” já admitia que não conseguiria sustentar a guerra. Uma fonte do próprio regime afirmou, com desespero, que uma leva de apenas 25 mísseis iranianos já havia comprometido a eficácia do sistema antimísseis.
No campo econômico, o baque foi igualmente devastador. O índice da bolsa de Telavive sofreu sua maior queda desde o início da guerra, com perda de US$14 bilhões em um único dia.
Produtos desapareceram das prateleiras, mercados fecharam e o número de reclamações por danos materiais ultrapassou os 22 mil. A estrutura do Estado sionista está profundamente abalada — econômica, política e militarmente. E o cambaleante governo do genocida Netanyahu, está cada vez mais perto de cair.
Vitória
A vitória do Irã é uma gigantesca vitória dos povos oprimidos contra o imperialismo. Reafirma que é possível derrotar mesmo os inimigos mais poderosos.
Que sirva de exemplo para os trabalhadores do mundo inteiro: o imperialismo pode ser derrotado. E será, por meio da luta revolucionária dos trabalhadores e de todos os povos oprimidos.