O desmonte das instituições financeiras e empresas públicas deve ser compreendido como parte da política econômica da direita golpista que atende aos interesses políticos e econômicos do capital imperialista, em detrimento dos interesses da classe trabalhadora.

O quadro de terror instalado nas empresas públicas é geral. O achatamento salarial, a insegurança e o pânico vividos pelos trabalhadores em seus locais de trabalho não encontram resposta e direcionamento concreto por parte das direções sindicais.

Nesse contexto, ocorreu em Brasília, no final do mês de novembro, um evento nacional que criou o Coletivo em Defesa das Estatais, Empresas Públicas e seus Trabalhadores. O encontro elaborou um Manifesto que reflete a estreiteza política dos burocratas acomodados aos cargos de direção do movimento sindical.

O Manifesto inclui a reivindicação de criação de uma Mesa Permanente de Negociação, com as entidades sindicais representativas dos trabalhadores das Empresas Públicas, promovendo o diálogo e a participação democrática entre as partes envolvidas.

José Lopes Feijóo, Secretário de Relações de Trabalho no Ministério do Trabalho, disse que os últimos anos impuseram perdas brutais aos trabalhadores e ao Estado brasileiro, e que o Estado é fundamental para a democracia.

A burocracia sindical prioriza a política de capitulação e isolamento dos trabalhadores, em detrimento da discussão e luta dos trabalhadores dentro das empresas.

Defendem a reabertura dos canais de diálogo com o Governo Federal para construir soluções que garantam a valorização e proteção dos direitos da classe trabalhadora, quando todo mundo sabe que o governo está completamente emparedado pela direita golpista.

As propostas de diálogos para a construção de soluções servem apenas para desviar a luta dos trabalhadores, bloqueá-las e provocar a desmoralização das categorias.

Para que haja uma luta consequente em defesa dos trabalhadores e das estatais, é preciso dar um basta à política de colaboração com a burguesia e priorizar a organização de base e a política classista.

A unificação entre todas as categorias, numa luta conjunta e uníssona contra a direita golpista e pró-imperialista, é a concretização disso. Organizar Comitês de Luta em cada local de trabalho é uma forma concreta de aprofundamento da discussão no sentido da mobilização e luta contra a política neoliberal de liquidação das empresas estatais.

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Last Update: 01/01/2025