Depois de minar a independência do Banco Central e transformar seu atual presidente, Roberto Campos Neto (foto/reprodução internet), em seu principal alvo, Lula agora protagoniza um drama ao afirmar que Gabriel Galípolo desfrutará de “plena liberdade”. Com isso, o novo “vilão”, o chamado “mercado”, será responsabilizado por qualquer desastre econômico que se aproxime. Na mensagem de fim de ano, ao lado de Lula na TV, Galípolo o venerava como um ícone, mas a verdade é que, em caso de insatisfação com seu desempenho, o presidente não poderá demiti-lo facilmente. Esse enredo já prenuncia uma trama infeliz, que promete evoluir para uma comédia amarga. O que se vê é uma manipulação da narrativa, onde as responsabilidades são desviadas e a liberdade é apenas uma ilusão. O cenário pode rapidamente se degradar se as promessas não forem acompanhadas por ações consistentes, e a falta de um plano coeso só acentua a incerteza que nos rodeia.