André Lajst, soldado israelense nascido no Brasil e atual dirigente da Organização Não Governamental (ONG) sionista StandWithUs Brasil, que tem como objetivo perseguir os defensores da Palestina no Brasil, foi à rede social X defender uma das maiores monstruosidades já testemunhadas pela humanidade: o bombardeio israelense que resultou na morte mais de 400 palestinos em apenas 24 horas.

Segundo Lajst, “o cessar-fogo entre Israel e Hamas chegou ao fim após a recusa do grupo em aceitar novas propostas de trégua”. Ora, mas o próprio propagandista sionista revela o “motivo” da quebra do cessar-fogo. O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) se recusou a aceitar novas propostas. E por que deveria aceitar? Se já foi feito um acordo no qual “Israel” se comprometeu a cessar as hostilidades, por que deveria haver novas condições?

O que Lajst, na tentativa de justificar o injustificável, acaba revelando é que “Israel” estava pressionando o Hamas para que este aceitasse condições menos favoráveis. O próprio partido palestino esclareceu essa questão, alertando ao governo israelense e ao governo norte-americano que eles não estavam em uma situação de fraqueza, na qual deveriam ser obrigados a aceitar um acordo desfavorável. O fato é que “Israel” queria impor novas condições porque saiu humilhado do acordo e porque, a cada dia que se passava, ficava ainda mais humilhado.

Não é possível também ignorar que “Israel”, semanas antes de retomar sua guerra genocida, fez várias provocações contra o Hamas. O objetivo era claro: tentar fazer o Hamas atacar “Israel” para que a propaganda sionista tentasse colocar a opinião pública contra os palestinos. Afinal, com os crimes de guerra praticados por “Israel”, a opinião pública mudou definitivamente para o lado dos oprimidos neste conflito.

O soldado israelense segue sua argumentação dizendo que Israel justificou a ofensiva citando violações cometidas pelo Hamas anteriormente em contextos de cessar-fogos”. Não, não justificou. “Israel”, mesmo dotado de um dos mais poderosos serviços de inteligência do mundo, não encontrou uma única prova de que o Hamas tivesse feito qualquer coisa que se contrapusesse ao acordo de cessar-fogo. Os outros argumentos citados pelo próprio Lajst são absolutamente cínicos:

“Há informações de que o Hamas estava se preparando para a realização de um novo ataque em larga escala, semelhante ao ocorrido em 07 de outubro de 2023.”

Que informações? Onde estão as provas? É mais grotesco do que as acusações norte-americanas de que Saddam Hussein deteria armas químicas.

“Isso para não mencionar os 59 reféns que seguem em cativeiro.”

Elas seguem em cativeiro, Lajst, porque o acordo assinado por “Israel” previa isso. Se o primeiro-ministro Benjamin Netaniahu seguisse o acordo, os prisioneiros seriam todos libertados.

O que se segue é, sem tirar nem por, uma defesa do genocídio do povo palestino:

“Diante da escalada, Israel ordenou a evacuação de civis palestinos de áreas consideradas redutos do Hamas, como Beit Hanoun e Khirbet Khuza’a. O ministério da saúde do enclave, controlado pelo Hamas, afirma que cerca de 300 pessoas morreram nas últimas operações das IDF. No entanto, não é possível verificar essa informação, tampouco inferir quantas delas são civis, sobretudo diante do histórico do órgão de alterar dados para favorecer a narrativa anti-Israel.”

A culpa de haver tantos mortos seria, portanto, dos palestinos! Afinal, o bondoso Estado de “Israel” teria avisado que iria explodir a terra em que eles vivem! É de um cinismo impressionante.

O mesmo pode-se dizer do número de mortos. E se não forem 300? (Na verdade, segundo último balanço, são mais de 480). Se forem apenas 50? Estaria justificado que “Israel” bombardeasse a Faixa de Gaza, atingindo majoritariamente mulheres e crianças? Estaria justificado carbonizar pessoas vivas em Khan Iunis?

Pra Lajst, sim. E é tão-somente esse o objetivo do texto que publicou no X: a defesa dos crimes de guerra do sionismo.

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Last Update: 20/03/2025