A crítica à representatividade neoliberal é um tema que tem sido amplamente discutido nos últimos tempos, especialmente após a indicação de Kamala Harris como candidata vice-presidente dos EUA. No entanto, é preciso analisar com cuidado a política de representatividade e sua relação com a luta de classes.
A recente retirada de Joe Biden da corrida presidencial dos EUA lança luz sobre um cenário político profundamente desafiador.
O primeiro erro da matéria é apontar Joe Biden, homem do imperialismo, como uma constante decepção para a classe trabalhadora. Já antes disso, durante a campanha eleitoral e durante a pré-campanha, era flagrante a impopularidade de Biden, um homem que veio de dentro dos próprios serviços de inteligência e que só conseguiu vencer as eleições devido ao esforço feito pelos grandes capitalistas.
A necessidade de derrotar Donald Trump e impedir seu retorno à presidência como principal representante do fascismo mundial é essencial para compreender a atual dinâmica política. Trump, com sua retórica inflamadora e políticas excludentes, representa um risco significativo à democracia e à coesão social não apenas nos EUA, mas globalmente.
Ora, é necessário novamente, para estabelecer a fraude e eleger um homem forte do imperialismo, realizar a campanha terrorista contra Donald Trump. No caso, a retórica de Trump contra a política de guerras do principal setor do imperialismo, representado por Joe Biden e Kamala Harris, por exemplo, é um problema, porque inflama a população contra uma política já impopular.
A democracia e a coesão social de que falam Rafaella Florencio e o Esquerda Online são justamente o regime de dominação do imperialismo. A estabilidade que defendem é a sustentação desse regime em todo o planeta.
A questão da representatividade de gênero e etnia no parlamento é de indiscutível importância para setores progressistas.
Uma flagrante enganação. O sexo e a cor de um indivíduo não fazem com que estes representem o interesse do conjunto, da maioria, daquele setor social, como já foi apontado pela própria autora. Em outras palavras, são características superficiais, irrelevantes quando se discute política.
A luta por justiça social e igualdade exige representantes comprometidos com a transformação real, não apenas figuras simbólicas de diversidade. Contudo, precisamos acompanhar de perto o desenvolvimento das eleições norte-americanas e, se possível, intervir para garantir que Kamala Harris ou outro candidato do Partido Democrata seja eleito.
Em conclusão, a necessidade de uma liderança que verdadeiramente represente as mulheres, especialmente as negras, bem como a comunidade LGBTQIPN+, as pessoas com deficiência, os imigrantes e tantas outras facetas essenciais que, juntas, formam a espinha dorsal da classe trabalhadora, é premente.