Biles e Chiles reverenciam Andrade. Foto: reprodução

Após viralizar por reverenciar Andrade, Simone Biles explicou por que ela e Jordan Chiles fizeram o gesto quando a brasileira celebrava sua medalha de ouro no solo da ginástica artística nesta segunda-feira (5), na Arena Bercy. A cena resultou em uma foto icônica, considerada uma das mais simbólicas das Olimpíadas de Paris.

“Primeiro que foi um pódio todo com mulheres negras, então foi superemocionante para nós”, afirmou Biles. “Então, Jordan estava tipo: ‘Deveríamos nos curvar a ela?’ Então nós pensamos: ‘Vamos fazer isso agora?’ E foi por isso que fizemos”, finalizou.

Esta foi a primeira vez em que houve um pódio com apenas atletas negras na ginástica artística em Olimpíadas. Biles levou a prata e Chiles, o bronze. Elas se abaixaram para dar protagonismo à ginasta do Brasil, que ergueu os braços aos céus. Depois, as três deram as mãos. A cena foi registrada por centenas de fotógrafos e tem rodado o mundo.

A superestrela estadunidense da ginástica chamou a brasileira de “rainha”. Chiles afirmou que Andrade é “lenda” e “ícone”. “Ela é incrível. É uma emoção assisti-la, com uma multidão de fãs sempre torcendo por ela. Devemos reconhecer o trabalho dela. Ficamos muito felizes por esse pódio ter sido formado por mulheres negras. Foi simplesmente a coisa certa a se fazer”, declarou Chiles.

Com uma apresentação sem erros no solo, a brasileira, segunda a fazer sua série, levantou a plateia e recebeu 14.166 para levar o ouro.

Já Biles saiu duas vezes do tablado e foi penalizada com 0,6. A supercampeã recebeu 14.133 dos juízes e teve que se contentar com a prata. Mas, quando recebeu o resultado, não pareceu chateada e mostrou alegria pela conquista da brasileira, sua principal e mais competente rival.

“Amo a Rebeca. Ela é incrível. Ela é uma pessoa maravilhosa e uma ginasta melhor ainda. Ela me ajuda a estar concentrada, me faz competir melhor. É uma pessoa com muito talento, vejo que ela ainda terá uma longa carreira”, realçou Biles após a premiação, que aconselhou a brasileira a descansar depois da desgastante jornada na capital francesa.

Em mais um dia de troca de deferências, Andrade passou parte da entrevista devolvendo os elogios às atletas dos EUA. Criada por um projeto social em Guarulhos, em São Paulo, ela mostrou orgulho pelo pódio 100% negro, o que já havia acontecido em 2023, no Mundial da Antuérpia. “Ou as pessoas aplaudem ou engolem”, enfatizou a maior medalhista brasileira da história.

“Poder repetir isso (pódio com atletas negras) numa Olimpíada, com milhões de pessoas nos assistindo, é mostrar a potência que somos. Mostramos a importância dos negros e que, apesar das dificuldades, podemos sim fazer acontecer”, acrescentou a ginasta, dona de seis medalhas olímpicas.

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Última Atualização: 05/08/2024