Na manhã do dia 13 de dezembro, durante uma cerimônia de formatura de oficiais da Polícia Militar do Estado de São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas e seu secretário de segurança pública, Guilherme Derrite, pediram que os novos oficiais liderassem as tropas com base na legalidade e garantassem o cumprimento dos procedimentos operacionais ensinados, além de impedir desvios de conduta de seus subordinados.

Essa recomendação veio após os casos de violência policial que ocorreram nas últimas semanas, capturados em vídeos e mostrando PM’s cometendo atos de violência, abuso e sadismo contra a população, especialmente os pobres e negros que vivem nas periferias das cidades paulistas.

É ingênuo acreditar que haja desvios de conduta na ação criminosa da PM paulista, pois os comandados agem de acordo com as instruções recebidas da hierarquia superior da força militar, tratando com violência a população pobre.

Os casos de violência são tão escabrosos que até setores direitistas que sempre apoiaram a ação violenta da PM contra a população pobre criticaram o governador e seu secretário de segurança. A “condenação” aos atos de violência da PM não é motivada por compaixão pelas vítimas, mas sim por conta dos prejuízos que essa conduta causa à imagem do governador, candidato às eleições presidenciais de 2026.

A PM não pode ser reformulada ou enquadrada em normas e condutas de respeito e civilidade, pois foi criada para intimidar, amedrontar, reprimir e atacar a população pobre. A única forma de não mais existir a violência policial é acabar com a instituição e substituí-la por um sistema de milícias populares, com postos de comando eleitos e controlados pela própria população.

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Last Update: 14/12/2024