Uma das mais reconhecidas canções natalinas de todos os tempos, “Silêncio Natalino” foi apresentada pela primeira vez durante a “Missa do Galo”, na paróquia de São Nicolau, em 1818 na cidade de Oberndorf na Áustria.
A música foi composta por um padre chamado José Mohr e aprimorada pelo professor da escola primária da igreja, Francisco Xavier Gruber.
Muitas lendas envolvem a história do surgimento da canção. Alguns dizem que Mohr teria procurado Gruber para que este transformasse em música o seu poema apenas algumas horas antes da missa do Galo. Outros contam que na verdade o padre já teria escrito o poema há mais de dois anos antes da sua estreia musical; já alguns falam que Mohr jamais teria procurado Gruber mas sim saído atrás de novos instrumentos musicais para a igreja, pois o órgão de sua paróquia havia sido destruído por ratos e durante essa busca, e devido à carência de instrumentos, o padre teria composto “Silêncio Natalino”, inspirando-se no humilde nascimento de Jesus em Belém; outro chegaram a contar, inclusive que na verdade a música teria sido inspirada pela morte prematura de um filho de Gruber.
“Silêncio Natalino” foi originalmente composta para a flauta e violão e com o passar do tempo novos arranjos foram sendo organizados para a sua execução.
Atualmente a canção já foi gravada por um número incontável de artistas ao redor de todo o globo com versões em todos os gêneros musicais com pelo menos 45 traduções para outros idiomas.
Sua fama passou a percorrer o mundo a partir do momento em que a canção caiu nas graças da família Strassers, uma influente família de fabricantes de luvas viajantes do Tirol, o que possibilitou que em 1832 a canção reverberasse na imprensa alemã e de lá para o mundo.
A versão em português da música, que originalmente se chama Stille Nacht, foi escrita pelo frei alemão, naturalizado brasileiro, Pedro Sinzig e foi considerada, em 2011, um patrimônio imaterial da Humanidade pela UNESCO.