Um final de ano com muita festa e teoria marxista

O encerramento do ano sempre desempenhou um papel político importante no movimento operário internacional. Longe de ser uma comemoração vazia submetida aos valores da classe dominante, trata-se de um momento em que os trabalhadores se reúnem para avaliar as batalhas do período, reafirmar a disposição de luta e preparar coletivamente o ano que se inicia. É por isso que, há quase duas décadas, o Partido da Causa Operária organiza o tradicional Réveillon Vermelho, uma confraternização que mantém viva essa tradição histórica da classe operária.

Marx e seus camaradas, reunidos no De Swaene, na Bélgica, celebravam o Ano Novo enquanto elaboravam um programa revolucionário que culminaria no Manifesto Comunista. Entre um fim de ano e outro, Marx analisava a repressão brutal do rei da Prússia contra o levante popular de 1848, denunciando a ordem estabelecida e reafirmando a necessidade da luta política. Os revolucionários não suspendiam a batalha durante as festas: usavam o período como parte da organização para o próximo combate.

Essa tradição é mantida pelo PCO. O ano de 2025 foi marcado por acontecimentos de alcance histórico, como a vitória extraordinária do Hamas contra o regime sionista e o fortalecimento da resistência popular em diversos países. Ao mesmo tempo, o imperialismo fecha cada vez mais o regime em praticamente todos os países do mundo, prometendo mergulhar a humanidade em uma nova era de ditaduras sanguinolentas. É esse o balanço que a classe operária precisa fazer, não o das estatísticas fantasiosas dos capitalistas, mas o das lutas reais travadas ao longo do ano.

Réveillon Vermelho

O Partido confirmou que o Réveillon Vermelho 2025 terá duas celebrações: uma em São Paulo, no Salão Nobre do tradicional Clube Atlético Ypiranga, e outra em Brasília. O espaço paulistano, fundado em 1906 e já utilizado em viradas anteriores, comporta quase mil pessoas e possui infraestrutura adequada para uma grande atividade política e cultural.

A festa de 2024, realizada no Buffet Mediterrâneo, contou com música da banda Revolução Permanente, repertório internacionalista, pratos variados e o tradicional balanço político apresentado por Rui Costa Pimenta. Em 2025, a programação completa será divulgada nos próximos dias, mas o Partido já confirmou novas atrações e a realização simultânea em Brasília, ampliando a participação de militantes de todo o País.

As inscrições já estão abertas. Por R$350,00, o participante tem acesso ao evento completo, com comida e bebida à vontade, música, sorteios, fogos e confraternização ao lado do único partido revolucionário do País. Informações pelo telefone (11) 99741-0436.

E em janeiro… teoria marxista de altíssimo nível

Se o Réveillon Vermelho marca o início do novo ano de lutas, a sequência imediata é igualmente fundamental: entre 10 e 25 de janeiro, ocorrerá a 54.ª edição da Universidade de Férias, organizada pelo PCO em parceria com a Aliança da Juventude Revolucionária (AJR). Neste verão, o curso abordará a obra mais importante do marxismo, O Capital.

A Universidade de Férias consolidou-se, ao longo de décadas, como o maior curso de formação política da esquerda brasileira. Não há equivalente nas universidades do País: trata-se de um estudo aprofundado, rigoroso e acessível, ministrado integralmente por Rui Costa Pimenta, trotskista com mais de 45 anos de militância.

O curso enfrentará o mito de que O Capital seria uma obra inacessível. Marx valorizava a simplicidade e utilizava uma linguagem clara. A verdadeira dificuldade está apenas nos primeiros capítulos, que introduzem conceitos novos ao leitor. Depois disso, a leitura flui e a obra revela toda a sua força teórica.

O hotel fazenda em Sorocaba, onde ocorrerá a atividade, abrigará também o tradicional Acampamento de Férias da AJR, que começa em 20 de janeiro. Será um período de estudo, convivência, debates, atividades esportivas e organização, reunindo jovens e trabalhadores de várias regiões.

Um chamado ao conjunto dos lutadores

O final de ano e o mês de janeiro formam, para o movimento operário, um período contínuo de confraternização, formação política e preparação para as lutas que virão. A burguesia utiliza o Ano Novo para reforçar sua propaganda de “ordem social”, mas os comunistas utilizam o mesmo momento para fortalecer a organização dos trabalhadores.

Assim como Marx celebrava o Ano Novo entre revolucionários exilados que preparavam as batalhas de 1849, o PCO convoca todos os companheiros a participar do Réveillon Vermelho e, na sequência, da Universidade de Férias e do Acampamento da AJR. É o início prático do próximo ciclo de luta contra a burguesia e o imperialismo.

É momento de confraternizar, estudar e organizar-se para um 2026 de enfrentamento político, com mais força, mais formação e mais luta ao lado do único partido verdadeiramente revolucionário deste País.

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