O PCO esteve presente na reunião do Foro de São Paulo, que ocorreu em Tegucigalpa, capital de Honduras, concomitantemente ao Encontro da CELAC Social, entre os dias 27 e 29 de junho.

Honduras sediou os eventos num momento muito importante para a política do país. Completaram-se, no dia 28 de junho, 15 anos do golpe de Estado que derrubou o presidente eleito Manuel Zelaya.

Quando o golpe em Honduras ocorreu, em 2009, o PCO, além de denunciar o golpe imperialista, alertava que Honduras era o balão de ensaio do imperialismo para outros golpes no continente. E foi o que aconteceu. Depois de Honduras, o continente latino-americano foi cenário de uma série de golpes de Estado: Paraguai, Equador, Brasil, Argentina, Bolívia entre outros.

Por isso é muito significativo que o PCO estivesse presente em Honduras nesse momento. Mais ainda, o povo hondurenho, através de uma luta que durou cerca de 12 anos, conseguiu derrotar parcialmente os golpistas, elegendo Xiomara Castro, candidata de Manuel Zelaya, que hoje retorna ao poder como conselheiro da presidência. O movimento contra o golpe criou o Partido Libre, que conseguiu ganhar as eleições.

Tal vitória ainda é insuficiente para derrotar totalmente a direita golpista. Nesse sábado, por exemplo, aos arredores do Encontro da CELAC, houve uma manifestação convocada pela direita. Para derrotar completamente os golpistas, será preciso muita mobilização do povo e o espírito da base da militância do Partido Libre parece ser o da mobilização.

A luta contra o imperialismo foi o tom de ambos os encontros, que contaram com várias organizações de todos os países latino-americanos e alguns convidados de outros continentes.

A luta contra o genocídio promovido pelo sionismo e pelo imperialismo na Palestina foi lembrada em todos os momento da atividade. O PCO distribuiu seus panfletos, adesivos e jornais defendendo a resistência palestina, que foram muito bem recebidos.

A denúncia contra a ofensiva imperialista contra Cuba, Venezuela e Nicarágua teve lugar de destaque em todo o encontro. No último dia, uma mesa com a presença de uma representante do PSUV, debateu as eleições na Venezuela, que ocorrerão no próximo mês. Como bem destacou a companheira, essa será o 31° pleito no país desde 1998, quando o chavismo chegou ao poder. Essa é a “ditadura” segundo o imperialismo e seus meios de comunicação.

Em suma, o Encontro terminou com uma ampla participação de delegados internacionais e com muitos companheiros da base do Partido Libre de Honduras. Todos os esforços centrados no sentido de derrotar o imperialismo e os golpistas na América Latina e no mundo inteiro.

 

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Última Atualização: 01/07/2024