O grupo responsável pelo plano golpista via os atos de 8 de Janeiro como a “última esperança” manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder, segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), protocolada nesta terça-feira 18.
“Os seus membros trocavam mensagens, apontando que ainda aguardavam uma boa notícia. A organização incentivou a mobilização do grupo de pessoas em frente ao Quartel General do Exército em Brasília, que pedia a intervenção militar na política”, disse Paulo Gonet no documento enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Gonet comentou que o episódio foi não apenas fomentado, mas também facilitado pelos denunciados e que a decisão dos generais, especialmente dos que comandavam Regiões, e do Comandante do Exército de se “manterem no seu papel constitucional foi determinante para que o golpe, mesmo tentado, mesmo posto em curso, não prosperasse”.
A denúncia aponta Jair Bolsonaro como o líder de “organização criminosa estruturada” para impedir que o resultado das eleições presidenciais de 2022 fosse efetivado, garantindo sua própria permanência no poder.
Essa organização teria, segundo ele, como principais líderes seu candidato a vice, o general Braga Netto. Mais 31 pessoas também foram alvo da denúncia. Leia a íntegra: