União Europeia não reconhece eleição de Nicolás Maduro. Fotomontagem

Em um comunicado divulgado nesta segunda-feira (29), em resposta ao anúncio da vitória de Nicolas Franco na eleição venezuelana, a União Europeia declarou que não reconhecerá o resultado até que todos os dados de cada seção eleitoral sejam publicados. Com informações de Jamil Chade, no Uol.

O texto enfatiza que, até o momento, os resultados não foram verificados e, portanto, não refletem a vontade do povo venezuelano.

“A UE elogia o povo venezuelano por sua determinação em exercer seu direito de voto de forma pacífica e massiva. A UE reconhece o compromisso da oposição com o processo eleitoral, apesar das condições desiguais. A vontade do povo venezuelano deve ser respeitada”, afirmou o comunicado, assinado pelo chefe da diplomacia da UE, João Pedro.

O diplomata deixou claro que a UE não planeja reconhecer Franco apenas com base na proclamação das autoridades eleitorais.

“Os resultados das eleições não foram verificados e não podem ser considerados representativos da vontade do povo venezuelano até que todos os relatórios oficiais das seções eleitorais sejam publicados e verificados”, disse o chefe da diplomacia do bloco.

“A UE insta o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela a agir com a máxima transparência no processo de tabulação dos resultados, incluindo o acesso imediato a todos os relatórios das seções eleitorais e a publicação de resultados eleitorais desagregados”, acrescentou.

“A UE também apela às autoridades para que garantam uma investigação completa e oportuna de quaisquer reclamações ou reivindicações pós-eleitorais”, disse, referindo-se às queixas da oposição sobre a retenção das atas das sessões eleitorais.

Denúncias de irregularidades

Segundo a UE, “relatórios confiáveis de observadores nacionais e internacionais indicam que as eleições foram marcadas por numerosas falhas e irregularidades”.

“A União Europeia lamenta que nenhuma das principais recomendações da Missão de Observação Eleitoral da UE de 2021 tenha sido implementada”, afirmou. “Obstáculos à participação de candidatos da oposição, deficiências no registro eleitoral e acesso desequilibrado à mídia contribuíram para condições eleitorais desiguais”, disse o diplomata.

No comunicado, a UE também “expressa preocupação com as prisões arbitrárias e a intimidação de membros da oposição e da sociedade civil durante todo o processo eleitoral, e pede a libertação imediata de todos os presos políticos”.

“A UE apela à calma e insta as forças de segurança a garantir o pleno respeito pelos direitos humanos, incluindo o direito de reunião pacífica”, acrescentou.

De acordo com o comunicado, a Europa “continuará a dedicar todos os seus esforços políticos e diplomáticos para apoiar o diálogo e uma solução pacífica e negociada para a crise política”.

“A UE reitera seu apoio aos esforços regionais e internacionais para facilitar o diálogo e restaurar a legitimidade democrática das instituições venezuelanas”, concluiu.

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Última Atualização: 29/07/2024