Bombeiros combatem um incêndio causado por um ataque russo na região de Kiev em 25 de maio de 2025. Foto: Divulgação

Kiev e diversas regiões da Ucrânia foram alvos de um dos maiores ataques aéreos desde o início da guerra com a Rússia, em fevereiro de 2022. Ao menos 12 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas após o lançamento de centenas de mísseis e drones neste domingo (25).

Segundo as Forças Armadas da Ucrânia, o bombardeio envolveu 367 projéteis aéreos — entre mísseis e drones kamikaze Shahed de fabricação iraniana —, configurando o maior ataque isolado desde o início do conflito. A informação foi confirmada por Yuri Ihnat, porta-voz da Força Aérea ucraniana.

O ataque ocorreu no mesmo dia em que Kiev celebrava o Dia de Kiev, feriado que marca a fundação da capital no século V, intensificando o impacto simbólico e psicológico da ofensiva.

Horas após o bombardeio, Ucrânia e Rússia realizaram a maior troca de prisioneiros desde o início da guerra, com 303 soldados devolvidos a cada lado. A repatriação ocorre após um acordo firmado durante negociações presenciais entre representantes dos dois países, realizadas em Istambul, no início de maio.

Nas redes sociais, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky confirmou o retorno de soldados ucranianos, incluindo membros das Forças Armadas, Guarda Nacional, Guarda de Fronteira e Transporte Especial.

O presidente Zelensky denunciou o ataque como deliberado e exigiu que aliados ocidentais endureçam as sanções econômicas contra Moscou. Segundo ele, mais de 30 cidades e vilas ucranianas foram atingidas, incluindo as regiões de Kiev, Odessa, Kharkiv, Ternopil, Dnipro, Zhytomyr, Mykolaiv, Sumy, Poltava, Khmelnytsky, Cherkasy e Chernigov.

“Esses ataques são intencionais contra áreas civis”, escreveu o presidente ucraniano na rede social X. Ele também criticou o que chamou de “silêncio conivente” dos Estados Unidos e de outros países diante da escalada russa. “Sem uma resposta firme da comunidade internacional, a agressão de Putin continuará sem freios.”

Do lado russo, o Ministério da Defesa informou ter abatido 110 drones ucranianos durante a noite, mas não comentou oficialmente sobre os ataques realizados contra o território ucraniano neste domingo. O novo episódio agrava ainda mais o cenário de instabilidade e aponta para uma intensificação das ofensivas aéreas no conflito, mesmo com tentativas de negociação em andamento.

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Last Update: 25/05/2025