No último dia 5, foi ao ar a tradicional Análise Internacional, transmitida pelo canal do YouTube do Diário da Causa Operária, em que Rui Costa Pimenta analisou as principais notícias da política internacional que ocorreram na última semana.

O primeiro assunto que foi comentado foram as eleições presidenciais na Coreia do Sul, realizadas no último domingo, em que Lee Jae-myung foi eleito o novo presidente do país asiático. Pimenta comentou a similaridade da candidatura vencedora com o caso da candidatura Lula, no sentido de que as duas enfrentaram diversos obstáculos impostos pelo imperialismo, que buscava a sua inviabilização, mas que saíram vencedoras apesar delas.

Na avaliação do dirigente do PCO, diante desse quadro, o imperialismo tem adotado a política de aprofundar os golpes de Estado, pois mesmo que limitados, os governos de esquerda não são mais tolerados pelo imperialismo. Outro fato relevante é a informação trazida pela rede russa RT, que apontou como Jae-myung começou a sua carreira mais próximo do senador norte-americano Bernie Sanders e agora está mais próximo do trumpismo, mostrando alguns elos da extrema direita com a esquerda.

Em seguida, foi analisado a situação na Líbia. Pimenta relembrou que o golpe de Estado dado pelo imperialismo em 2011, instalou uma profunda crise política, com uma interminável guerra civil no país. No entanto, novas informações apontam que há uma possível ação do grupo Wagner nessa crise, o que seria uma interferência da Rússia na situação política do país africano, contra o governo funcionário do imperialismo.

O presidente do PCO comentou: “vários países que têm interesse no que acontece na Líbia — Catar, Turquia, Egito —, isso fora os países imperialistas. Se efetivamente a Rússia estiver envolvida e essa investida derrubar o governo, a situação seria uma derrota bastante significativa para o imperialismo”.

Convidado especial desta Análise Internacional, Afonso Teixeira complementou que “a posição da Rússia creio que não seja de deter completamente o imperialismo, mas pelo menos causar percalços a esse avanço. Há notícias de que os EUA estão tentando entrar no vácuo deixado pelos franceses, sobretudo na área do Sael. Vamos ver como as coisas vão se concluir e andar nos próximos meses”.

Depois foi analisado a situação na Palestina em que foi lido a declaração do ministro das Finanças de “Israel” para o semanário britânico The Economist, em que ele afirmou que “o único caminho é conduzir a guerra até a derrota da Resistência Palestina” e que ele é contra qualquer ajuda humanitária aos palestinos. Em seu comentário, Afonso mostrou que é uma declaração falsa, pois enquanto houver o genocídio, haverá resistência e que essa ação violenta trouxe uma crise sem precedentes para o estado sionista.

Pimenta analisou a fala do ministro como um avanço da política sionista de exterminar a resistência, para o extermínio total dos palestinos, o que mostra um grande apoio popular a resistência, principalmente o Hamas. No entanto, se trata mais de uma retórica agressiva, típica dos fascistas, pois é completamente inviável a realização dessas ações, na prática.

Por último, foi comentado a notícia dos ataques aéreos da Ucrânia e a declaração do governo russo que haverá a devida retaliação. Afonso comentou sobre a cobertura feita pela imprensa burguesa e imperialista, que dá a entender que só a Ucrânia que atua militarmente e que está ganhando a guerra, uma completa distorção da realidade.

Pimenta complementou dizendo que a Ucrânia por si só é incapaz de realizar esses ataques. Se não fosse o imperialismo, não haveria nenhuma sustentação para o país ao longo dos últimos três anos de guerra. O dirigente marxista finalizou que o avanço dos países da OTAN com ações mais violentas, pode provocar uma guerra da Rússia contra o restante da Europa.

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Last Update: 06/06/2025