As tentativas para alcançar um acordo de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia atingiram um novo impasse depois que o ditador ucraniano Vladimir Zelensqui recusou publicamente a proposta dos Estados em que supostamente teria como cláusula o reconhecimento da Crimeia como território russo.

“A Crimeia é o nosso território, o território do povo da Ucrânia. Não temos nada a discutir sobre este assunto – está fora da nossa Constituição.”

A declaração de Zelensqui fez com que a reunião de acompanhamento das negociações de Paris, que estava marcada para a última quarta-feira (23), fosse remarcada para outro dia depois que Marco Rubio, secretário de Estado dos Estados Unidos, optou por não comparecer. Com a ausência do ministro norte-americano, ministros das Relações Exteriores da França, da Alemanha e de outros países europeus que compõem a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) também deixaram de comparecer à reunião que ocorreria em Londres. De acordo com o jornal norte-americano Washigton Post, a declaração de Zelensky causou raiva no governo dos EUA por causa da resistência do país em aceitar as propostas de cessar-fogo.

Na terça-feira (22), em entrevista para o jornal Free Press, Rubio disse que, se o governo norte-americano avaliar que o progresso em torno do acordo de cessar-fogo estagnar, será deixado para trás. A União Europeia e o Reino Unido reafirmaram o seu apoio militar à Ucrânia e querem que os EUA não se distanciem das mesas de negociação. O imperialismo europeu concorda na concessão do território por parte da Ucrânia, mas exige em troca garantias de segurança, ou seja, a permanência das tropas do imperialismo na região.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou a rede social Truth Social para se manifestar quanto à recusa ucraniana. Sobre o reconhecimento da Crimeia como território russo, o presidente norte-americano apontou que a Ucrânia “perdeu” o território anos atrás e que a declaração de Zelensqui é prejudicial às negociações de paz. Além disso, Trump comentou também sobre a delicadeza da situação ucraniana e que o risco de continuar com a guerra pode fazer com que o país perca todo o território em três anos.

O porta-voz do governo russo, Dmitri Peskov, afirmou que a Rússia se mantém à disposição para realizar um acordo de cessar-fogo desde que tenha a previsão de que irá resolver as causas profundas do conflito e que não acredita em um acordo feito de maneira acelerada devido à complexidade das negociações.

As notícias dessa semana demonstram que Trump ainda continua tentando acabar com a guerra entre Rússia e Ucrânia. A razão dessa política se dá pelo fato de que os Estados Unidos gastam muito com operação, que não traz nenhum retorno para a burguesia interna dos EUA, que é base de apoio o presidente norte-americano. Como demonstrado pelo apoio à Ucrânia por parte da União Europeia e do Reino Unido, é o imperialismo que é o interessado de fato em levar adiante a guerra, pois querem a destruição da Rússia.

Por outro lado, a Rússia não aceita qualquer condição para o acordo de cessar-fogo, pois está vencendo no campo de batalha, demonstrando a sua superioridade militar. Como o ocorrido nesta quinta-feira (24), em que o Ministério da Defesa russo informou que foi realizado um ataque massivo contra alvos militares em toda Ucrânia, com o foco de prejudicar o esforço militar e a base industrial militar de Quieve. O Ministério apontou que o objetivo do ataque foi alcançado e todos os alvos foram atingidos.

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Last Update: 25/04/2025