Encontro entre o presidente Lula e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Nova York. Foto: Divulgação

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, afirmou nesta terça-feira (13), que solicitou o auxílio do governo brasileiro para garantir que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, compareça a uma reunião com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, prevista para esta quinta-feira (15), em Istambul, na Turquia.

O encontro, que visa discutir a guerra em curso entre os dois países, foi proposto no último fim de semana, mas o Kremlin ainda não confirmou a presença de Putin. Sybiha relata que entrou em contato com o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, e pediu ao Brasil que use sua influência diplomática para garantir a realização do encontro entre os líderes.

“Reafirmei a disponibilidade do presidente Zelensky para se reunir com Putin na Turquia e instei o Brasil a usar sua voz competente no diálogo com a Rússia para que este encontro direto ao mais alto nível aconteça”, escreveu o ministro ucraniano em postagem no X.

Sybiha também solicitou apoio brasileiro para um cessar-fogo de 30 dias, como base para negociações de paz mais amplas. Esse pedido surge em meio a esforços internacionais para encontrar uma solução para o conflito, que já dura mais de três anos.

O governo brasileiro, liderado pelo presidente Lula (PT), emitiu uma declaração conjunta com a China nesta terça-feira (13), expressando apoio à proposta de Putin para negociações diretas com a Ucrânia. O comunicado, divulgado após reuniões entre ele e o presidente chinês Xi Jinping, enfatiza que o diálogo direto é a única solução viável para encerrar a guerra.

A declaração destaca que tanto o Brasil quanto a China consideram que as negociações diretas, sem pré-condições, são fundamentais para o fim do conflito. “Superar a insensatez dos conflitos armados também é pré-condição para o desenvolvimento”, afirmou Lula.

A pressão internacional para um cessar-fogo também se intensificou nos últimos dias. No último sábado (10), Putin propôs a realização de “conversas diretas” com a Ucrânia em busca de uma solução pacífica para a guerra. O Kremlin afirmou que as negociações ocorreriam a partir de quinta-feira (15) em Istambul, com o apoio do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.

Líderes europeus, incluindo os presidentes da Ucrânia, Reino Unido, Alemanha, França e Polônia, pediram um cessar-fogo incondicional de 30 dias e ameaçaram novas sanções à Rússia caso a trégua não seja respeitada. No entanto, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que a Rússia refletiria sobre a proposta, mas não cederia à pressão externa.

A proposta de Putin visa iniciar um processo de negociações que poderia levar a um acordo de paz duradouro. Ele afirmou que as conversas diretas entre a Rússia e a Ucrânia poderiam resultar em novos cessar-fogos e uma trégua, essenciais para aliviar o sofrimento humanitário na região.

O Brasil tem se posicionado como um mediador potencial para as negociações de paz desde 2023, quando Lula sugeriu intermediar um diálogo entre Ucrânia e Rússia.

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Last Update: 13/05/2025