A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, declarou que um míssil antiaéreo ucraniano atingiu um prédio no complexo que abriga o hospital pediátrico Ohmatdyt, o maior da capital Kiev. As informações são da RT Brasil.
Ontem, a Rússia protagonizou um de seus piores ataques desde o início da guerra contra a Ucrânia, com o lançamento de ao menos 40 mísseis que atingiu diversas cidades, incluindo o hospital de Kiev. Pelo menos 36 pessoas foram mortas.
Segundo Zakharova, durante o ataque russo aos alvos militares ucranianos, “mais uma vez, como já aconteceu muitas vezes antes com a defesa aérea ucraniana, seus mísseis foram desviados e atingiram prédios residenciais e instituições sociais”, disse. “A mesma coisa aconteceu desta vez. Já foi confirmado, inclusive por inúmeras testemunhas, que um dos mísseis do sistema antiaéreo NASAMS de fabricação ocidental atingiu um prédio no território do Hospital Infantil Ohmatdyt em Kiev”, afirmou.
A porta-voz ressaltou que Kiev não mencionou que ao lado da clínica afetada está a fábrica da Artiom, e a poucos passos de distância está localizado um complexo de edifícios do Ministério da Defesa da Ucrânia e armazéns das Forças Armadas ucranianas.
Segundo a diplomata, “as tentativas do regime de Zelensky de usar a tragédia no hospital infantil de Kiev para fins de propaganda confirmam mais uma vez sua essência nazista desumana”.
A Rússia acusou também os ucranianos de usar civis como “escudos humanos”. “A junta de Kiev há muito tempo usa empresas exclusivamente civis para fins militares, transformando-as em oficinas de montagem e reparo de equipamentos militares ou depósitos de armas e equipamentos militares ocidentais. Além disso, as próprias Forças Armadas da Ucrânia se escondem atrás de civis e alvos civis”, disse. “Tudo isso é uma grave violação da lei humanitária internacional, que proíbe o uso de propriedade civil para fins militares”, acrescentou.
Para os russo, “histórias semelhantes do regime de Kiev estão sempre ocorrendo na véspera de outra reunião [de cúpula] de seus patronos da OTAN” a fim de “garantir mais financiamento do regime de Kiev e a continuação da guerra até o último ucraniano”.
Hoje, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, recebe chefes de Estado e governo dos 32 países membros da OTAN, para celebrar os 75 anos da aliança militar ocidental.
Já o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou que o ataque contra o hospital de Kiev será tema de uma reunião nesta terça, convocada por diversos países, como Reino Unido, França e EUA. A Rússia ocupa a Presidência do conselho neste momento.
