
Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, principal liderança do PCC (Primeiro Comando da Capital) nas ruas, foi preso na última sexta-feira (16) pela polícia boliviana em Santa Cruz de la Sierra.
Foragido desde fevereiro de 2024, Tuta foi capturado após apresentar um documento falso enquanto tentava renovar o visto de estrangeiro com o nome de Maycon Gonçalves da Silva. O sistema identificou que ele era procurado pela Interpol.
Após o alerta, agentes da Interpol conduziram Tuta do shopping Ciudad Indana, onde havia feito o agendamento da documentação, até um escritório da organização internacional.
“Ele estava registrado como alerta vermelho internacional com o nome Marcos Roberto de Almeida. Ao ser identificada a dupla identidade, ele foi conduzido à sede da Divisão Central Econômica e Financeira da FELCC (Fuerza Especial de Lucha contra el Crimen)”, informou a polícia boliviana.

Liderança do PCC nas ruas
Ele foi preso pelos crimes de falsidade ideológica, falsidade material e uso de documento falso na Bolívia. Tuta passará por audiência de custódia, na qual será formalizado um pedido de extradição ao Brasil. No país, ele é apontado como o principal articulador do PCC nas ruas e figura central no esquema internacional de lavagem de dinheiro da facção.
A Polícia Federal investiga a atuação de Tuta no comando de transações ilegais que movimentaram mais de R$ 1 bilhão entre 2018 e 2019.
Em fevereiro de 2024, ele foi condenado a mais de 12 anos de prisão por associação criminosa e lavagem de dinheiro. Tuta fugiu do Brasil após descobrir que era alvo da Operação Sharks, deflagrada em 2020.
Em 2021, o PCC tentou espalhar a falsa informação de que Tuta havia sido morto pelo tribunal do crime. Segundo o Ministério Público de São Paulo, a facção teria promovido o boato após Tuta ordenar a morte de Nadim Georges Hanna Awad Neto e de Gilberto Flares Lopes Pontes, o Tobé, então tesoureiro do PCC, sem aprovação da cúpula. Apesar dos rumores, a Promotoria já afirmava que Tuta estava vivo e escondido na Bolívia.
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